Senti o ar fugir dos meus pulmões, eu me debatia tentando o tirar de cima de mim, mas era inútil.
Ele me encarava sem esboçar nenhuma reação, apenas apertava meu pescoço.
A sensação era terrível, eu estava desesperada.
O bati o máximo que pude tentando me livrar daquilo, até meu corpo amolecer e tudo ficar escuro...Acordei assustada e sem fôlego. Era mais um pesadelo.
— Você tá bem? — Florence me olhou preocupada.
— Eu to.. to bem. — Falei com dificuldade.
— Não, Allie. Você tá pálida. — Ela se aproximou. — Ai meu Deus, eu vou.. pegar um saquinho. — Ela saiu correndo do quarto.
Eu não sabia o que estava acontecendo. A minha garganta parecia fechada e eu estava fraca.
Florence voltou pro quarto e me deu um saquinho, respirei pelo mesmo e fui melhorando aos poucos.
Bieber passou pela porta que estava aberta e foi até a cama.
— O que aconteceu? — Sentou-se na ponta da cama me olhando.
— Eu não sei.. Mas eu já estou bem. — Sussurrei.
— Você anda estranha esses dias, Marie. Acho melhor não ir conosco hoje. — Justin disse. Era tudo que eu queria, fugir daquilo, mas não, eu tinha que ir.
— Não, eu vou. Eu realmente estou bem. — Afirmei.
— Você tem certeza?
— Sim. — Respondi firme.
— Tudo bem. Porém, vai descansar até a hora de irmos. Florence, — Ele a olhou. — Você pode pegar alguma coisa pra ela comer?
Florence assentiu e saiu do quarto.
— O que.. aconteceu ontem? Eu me lembro de ter te encontrado e em seguida só há um grande espaço em branco.
Justin hesitou. Passou a mão em seu cabelo olhando para baixo e logo voltou a me olhar.
— Nada. Nós apenas brigamos e eu te trouxe de volta para o hotel.
Concordei com a cabeça e murmurei:
— Imaginei.
E então ouvi uns passos, logo olhando para a porta. Adams estava de volta.
— Garota, você é rápida! — Ri.
— Roubei do Chris. — Ela disse rindo enquanto colocava a bandeja sobre a mesa.
||— Chris, — Justin chamou atenção. — Como combinamos, cobertura.
Christian fez sinal com a cabeça concordando e ajeitou a arma em suas mãos.
— Ok, Nolan e Florence, Allison e Ryan, Charles vem comigo. — Justin disse e pegou suas armas.
— Justin, ela vai me atrasar. — Ryan reclamou.
— Ei! — Repreendi ele.
— Tudo bem, calma. Vamos mudar isso, Ryan vai com Charles e Marie vem comigo. — Bieber mudou as duplas fazendo com que o Butler ficasse feliz. Trouxa. — Nos encontramos no último contêiner. — Acrescentou e me puxou.
Justin esperou que Christian se posicionasse e então deu sinal para os outros.
Chegou a hora.
Apertei a arma em minhas mãos e andei devagar seguindo os passos do Bieber.
Justin pôs a mão na minha barriga me parando e em seguida apontou com a cabeça para dois caras vindo.
Ele se encostou no contêiner e atirou contra eles.Senti algo pressionar minhas costas, olhei devagar e era uma arma, um cara estava apontando a arma pra mim. Mas em questão de segundos ele já estava no chão. O Chris tinha o matado. Eu só conseguia pensar em: "Meu Deus, como assim ele atirou em alguém tão perto de mim? Ele podia ter errado!" "Chris.. Chris! CHRISTIAN me salvou, não acredito." E "O que que eu to fazendo aqui, Jesus?", Só pra não perder o costume.
E então chegamos ao nosso destino, um dos contêineres, já que ele havia separado assim.
— Atire, sem parar. — Bieber cochichou.
Assenti e ele sem demora puxou a grande porta de ferro disparando contra os caras que estavam lá dentro, fiz o mesmo.
Só não levei um tiro porque os caras estavam despreparados.— Por enquanto nada. — Ele reclamou.
— Justin.. — Murmurei. — Ei! Você aí! — Apontei a arma pro cara correndo. — Para se não quiser levar um tiro! — E então o homem parou de correr virando-se para nós e levantou as mãos num gesto de rendição.
Fomos até ele ainda apontando as armas.
— Qual seu nome? — Justin perguntou.
— Luke. — O homem respondeu.
— Ok, Loki. Cadê seu chefe? — Indaguei ajeitando a arma em minhas mãos.
— É Luke! — Ele me corrigiu.
— Tanto faz. — Disse firme.
— Fala logo, caralho. Onde está seu chefe? — Justin aumentou o tom e o bateu na barriga fazendo o mesmo cair de joelhos.
Ouvi o som de sapatos se chocando contra o chão então me virei rápido pronta para atirar, mas era só o Christian.
— E aí, gente. — Chris nos cumprimentou e logo olhou pro homem de joelhos. — Quem é esse aí?
— Loki. — Respondi.
— É Luke! — Ele quase gritou.
— Ah, oi, Éloki. Diferente, mas é bonito. — Chris elogiou.
— Sem essa porra de joguinho. — Justin disse irritado e sem demora disparou um tiro contra sua perna, incentivando-o a falar. E que incentivo.
— CARALHO, CARA! — O homen gritou e pôs a mão sobre sua perna. — Eu digo, eu digo!
— Estamos esperando. — Revirei os olhos e bati o pé no chão.
— Amanhã, amanhã vai ter uma reunião pra comemorar as conquistas da organização. — Confessou entre gemidos de dor.
— Reunião? Que tipo de reunião? — Chris indagou.
— A máfia vai se reunir com música country, cerveja e churrasco, Chris. — Respondi irônica.
— Uou, finalmente vou comer churrasquinho de gato. Coitados dos gatinhos, mas eu não posso morrer sem experimentar, não é mesmo? — Ele disse empolgado.
Jesus. Foi só isso que pensei.
Justin ignorou e voltou a olhar para o cara.
— Onde? — Bieber perguntou e o cara apenas abaixou a cabeça pensando.
— Cara, você vai me complicar — Murmurou por fim.
— Eu não sei se você sabe, Luke. Mas você já está complicado. — Justin andou em volta dele e logo bateu com força sobre seu ferimento.
— Éloki.. — Chris sussurrou com o intuito de corrigir o Bieber.
— Anda! Fala, porra! — Justin gritou se apoiando no ombro do Luke.
Ele agora estava com os olhos fechados e o sangue escorria dos lábios de tanto que ele mordia por causa da dor.
Eu deveria sentir pena? Eu não sei.O moreno respirou fundo e falou rápido:
— 66 Perry Street, New York, NY 10014.
Bieber sorriu satisfeito e se agachou perto dele.
— Você foi muito útil. Eu não vou te matar. — Disse com um sorriso no rosto, em seguida levantou-se e passou por mim fazendo um sinal com a cabeça.
Eu entendi.
Respirei fundo e atirei na cabeça de Luke.
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THE BOX
FanfictionQuanto tempo uma mentira pode durar? Algumas apenas por horas, outras por dias e até semanas. Eu vivi uma mentira e ela teve um tempo duração de anos, muitos anos. A ordem natural das coisas era levar ao túmulo tudo que se sabia e, se você mexe com...