Amor em Jardas - Série Endzone - Livro 1

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Sei que sou ótima, não estou preocupada com isso,
Porque sou uma dama.
(I'm a Lady - Meghan Traynor)
Brittainy

Disputar um jogo como principal é o sonho de todos os jogadores da reserva. E em menos de uma semana no time já consegui. E agora aqui estou eu, com uma mão semi curada e com um time dependente de mim. Mas não tinha um vestiário para mim, o que usei nos treinos estava ocupado pelo time adversário. A comissão técnica então improvisou um biombo no canto do gramado para eu trocar de roupa lá. Tirei o sutiã para colocar o top, e, sem ter onde deixar, pendurei no biombo. Já pronta, guardei a roupa na bolsa, e fui pegar o sutiã. Tinha sumido. Saí de lá pronta pra brigar com quem pegou, e vi o capitão segurando-o na minha direção.

— Geralmente, roupas íntimas no campo são da torcida, mas acredito que isso seja seu.

Resmunguei um "obrigada", e guardei o sutiã na bolsa.

— Quero ver você fazendo o que faz de melhor em campo. Há um guerreiro dentro de todo jogador, e você também tem uma; coloque-a em jogo. Não transpareça nenhuma jogada, e vá com tudo. O time precisa que você seja a melhor que pode.

Sorri com a oportunidade. Serei tudo o que posso.

— Correrei com toda a minha velocidade e colocarei em prática tudo que treinamos.

Ganho um aceno de aprovação.

— Segure minhas bolas sempre. As que eu mandar, não entenda errado.

Dei uma risadinha.

— Não entendi errado, capitão. Farei de tudo para alcançar a última jarda sem ser pega. E se necessário, passarei a bola para você ou para o fullback. O objetivo é sempre chegar na endzone ou permitir que você chegue à endzone. — repeti a fala dele.

—Isso. Coloque seu capacete, cheque suas proteções, passe na líder de torcida para passar a tinta no rosto, e vamos lá.

Coloquei o capacete e chequei todas as proteções, do ombro aos joelhos, e corri para a garota que tinha um pote de tinta preta na mão. Usamos a tinta para o Sol não refletir diretamente em nossos olhos, e assim atrapalhar as jogadas. Cada um foi pra sua posição e o jogo começou. O kickoff foi dado com força, e caiu na mão de um dos nossos jogadores da defesa. Recebi a bola, e corri algumas jardas, antes de avistar o Zack cercado pelos adversários. Passei para o fullback, porque eu também não conseguiria chegar perto da última linha.

Quando a bola voou da minha mão, um jogador do outro time pegou-a, e gritei de raiva pelo passe errado. A nossa defesa conseguiu tirar a posse deles, e ganhei a bola de novo. Não consegui achar o Derren, então fiz meu trabalho: corri com toda a minha velocidade em direção à última jarda. Um jogador tentou pular em mim, mas desviei e marquei o touchdown. Os gritos da torcida me fizeram sorrir. Voltei à minha posição, e repeti lances assim algumas vezes, achando o Derren para marcar em outras. O wide-receiver conseguiu furar a defesa tantas vezes que o técnico deles quase arrancou os cabelos. A vitória foi fácil. Tirei o capacete quando o juiz encerrou o jogo, e saí saltitando pelo campo.

— É uma garota. Precisamos de uma em nosso time também. — ouvi o linebacker deles dizer ao quarterback, que assentiu em concordância.

— Não é um esporte feito pensando nelas, mas começo a achar que elas aprenderam a lidar com ele mais rápido do que nós. — ele falou, antes de sumirem para o vestiário.

O Will, um dos nossos cornerback, veio me dar os parabéns pelo jogo.

— Hoje não é seu aniversário, mas você tá de parabéns. — falou brincando.