VII

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Continuei avançando por dentro da selva. Após algumas horas de caminhada, passamos pelo lago Suki, onde Phet disse que tinha vindo. Tinhas muitas aves ali, de todos os tipos, algumas conheço outras não, percebi que Kelsey também estava impressionada com a visão. Quando estávamos passando na beirada do lago Kelsey disse:

– Você acha que existem crocodilos ou jacarés no lago?

Com certeza devia existir, lagos deste porte atrai jacarés. Porém não acreditava que iriam nos atacar. Dei a volta e fiquei andando entre ela e o lago, só por precaução.

Era um dia muito quente, e como sabia que Kelsey não era acostumada a andar muito e muito menos nesse calor, procurei passar somente embaixo as sombras das árvores e caminhando muito devagar. Ela retirou o filtro solar e passou no rosto e nos braços. Tinha me esquecido que ela precisa de cuidados com o sol. Avistei um riacho, e resolvi parar para beber e para ela descansar um pouco.

Ela verificou a mochila e achou várias bolas de arroz temperados que Phet nos preparou. Ela jogou duas para mim e os comi. Depois de um breve descanso. Continuamos a andar por mais umas quatros horas antes de deixar a selva. Quando chegamos a estrada parecia que o chão ia derreter minhas patas, sorte que tenho os pelos para proteger. Senti o cheiro do Jeep do outro lado da estrada, e após olhar para os dois lados atravessamos. Chegamos ao veículo e Kelsey olhou confusa para mim e depois para o Jeep. Tomou um gole de água e perguntou:

– O que foi? O que você quer que eu faça?

Olhei na direção do carro.

– É o carro? Você quer que eu entre nele? O.k. Só espero que o dono não fique chateado.

Ela abriu a porta e logo encontrou um bilhete que farejei ser do Kadam. Ela leu em voz alta.

Pensar em minha casa me trás tantas lembranças...

Kelsey pega o mapa e coloca no banco traseiro. Abre a porta de trás para mim, que deito. Ela senta no banco do motorista, liga o carro e começa a andar, logo o GPS anuncia por onde seguir.

Após ver que Kelsey estava indo bem, fechei os olhos e cochilei um pouco, acordei quando farejei o cheiro maravilho do meu lar. Ela estacionou o Jeep, abriu as portas, inclusive a minha e disse maravilhada:

– Ren, sua casa é incrível! - exclamou. - Não acredito que você seja o dono disto!

Minha casa continua a mesma desde quando saí daqui. As lindas plantas tropicais estava podadas no jardim da frente, as plantas que minha mãe também tinha em nosso lar no reino. Minha casa era de três andares, na cor branco e creme, sempre amei cor clara. A piscina estava cheia e limpa, o que me fez pensar que Kadam nunca deixara de cuidar de minhas poses enquanto estava fora. Quando chegamos à porta, Kelsey girou a maçaneta e abriu. Eu adentrei a minha casa, meu conforto. Ela retirou o tênis e começou a admirar os cômodos. Entrou na biblioteca e ficou olhando para a cadeira e mesa de couro, que era onde Kadam usava para estudar e ler o livros. Ela ficou encantada pela biblioteca. Quando estávamos prestes a percorrer mais a casa, ouvi Kadam gritar de dentro da cozinha:

– Srta. Kelsey? É você?

Kelsey pareceu super feliz ao vê-lo, correu em direção à ele e sorriu, alegre:

– Sim, sou eu, Sr. Kadam.

Kadam disse que estava feliz em vê-la e pediu desculpas. Kelsey contou que não estava feliz com como tudo aconteceu, mas o desculpou afinal. Ele baixou os olhos e deu de ombros, se desculpando. E a chamou para a cozinha, para comer alguma coisa. Ele começaram a conversar sobre Kadam ter trago ela aqui. Eu me deitei aos pés dela para descansar.

A maldição do tigre - Versão Ren // KishanOnde histórias criam vida. Descubra agora