A vida sem amor. Livro 3 - parte 2

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ÚLTIMO CAPÍTULO DE HOJE (E AGORA É SÉRIO). Gosto de deixar minhas notas aqui no capítulo mesmo. Pq quero que seja a primeira coisa que leiam. Obrigada meus amoressss. Boa leitura. 

KISHAN

Phet tinha finalmente respondido as mensagens de Kadam e agora nós estávamos indo para a casa do xamã, a quem eu espero que ajude Ren.

Estávamos arrumando as mochilas e as armas no Jeep quando Kelsey chegou, e como sempre, linda atraiu a minha atenção, e claro a do meu irmão.

— Você consegue respirar com esta camiseta, Ren? Podia ter escolhido um tamanho melhor – disse Kelsey zombando.

— A camiseta é justa para não atrapalhar os movimentos – respondeu ele.

De fato Ren estava todo colado naquele pano fino. E vestes largas nunca atrapalharam meu irmão em lutas.

— Está achando que tem alguma garçonete bonitinha na selva, Ren? Não há motivo para você exibir os seus músculos – provoquei.

Mas os motivos de Ren eram bem claros. Sentei no banco do motorista e esperei os pimpolhos entrarem.

— Caso você não tenha notado, a sua camiseta também é bem apertada, Kelsey... E pronto – disse ele.

Kelsey de repente ficou nervosa.

— Pronto o quê?

— Seu lindo rosto corado.

Ignorei totalmente essa conversa e fingi que estava olhando pela janela. Ren me empurrou de brincadeira pra ouvir Kadam dizer as instruções dele para a viagem, e sem antes me dizer para dirigir com cuidado o Jeep. Kadam ainda não confia totalmente, mas o tranquilizei. Eu não iria dirigir só por mim afinal...

No caminho, Ren me contou mais sobre Phet e como ele era sábio, e não pude não perceber o desapontamento de Kelsey quando Ren dizia que lembrava de tudo menos das partes que incluíam ela.

Quando finalmente chegamos ao Santuário de Yawal, Ren saiu correndo do carro e se afastou rapidamente para a floresta, sem nem ao menos disfarçar. Maldita tolerância.

— Vamos?

— Vamos.

Caminhamos pela floresta seguindo a trilha de Ren. Estar ali com Kelsey era como reviver tudo o que passamos na nossa busca para quebrar a maldição. Um sorriso brotou em meu rosto e a observei. Ela era uma mulher maravilhosa e linda. E não pude não lembrar de quando nós ficamos sozinhos, somente nós dois e mais ninguém para atrapalhar. Kelsey é o tipo de mulher que qualquer homem anseia por ficar sozinho.

— Sinto falta disso – digo.

— De quê?

— De caminhar pela selva com você. Passa tranquilidade.

— Isso quando não estamos fugindo de alguma coisa.

— É gostoso. Sinto falta de ficar sozinho com você.

— Detesto lhe dar esta notícia, mas nós não estamos sozinhos.

— Não. Sei disso. Mesmo assim, é o mais "sozinho" que estive com você em semanas. – Fiz uma pausa, pensando se deveria falar ou não. — Eu ouvi vocês na outra noite, quando Ren foi ao seu quarto.

— Ah. Então você sabe que ele se sente mal perto de mim. Não pode me tocar.

— Sinto muito. Sei que isso dói em você.

A maldição do tigre - Versão Ren // KishanOnde histórias criam vida. Descubra agora