Negociações preliminares
A parte de Londres onde Darcy estava agora era ainda pior, se isso era possível, que a área onde ele encontrara a sra. Younge. Havia pouca iluminação, com exceção da que saía pelos postigos das janelas. Algumas pessoas olhavam ao redor de maneira furtiva como se estivessem fugindo. Ao longo das ruas algumas mulheres parcamente vestidas acenavam para qualquer homem que passasse. Crianças com os rostos sujos e impertinentes e roupas esfarrapadas perseguiam umas às outras pelas sarjetas. Darcy chegou a pegar um menino pequeno tentando alcançar o bolso de sua capa. Deu-lhe algumas moedas e disse que se comportasse. No rosto de cada homem, mulher ou criança havia uma expressão de desespero e falta de esperança.
Que lugar para trazer uma moça.
Wickham se escondia em algum lugar pelas redondezas. Uma vizinhança tão aglomerada facilitava o esconderijo de um homem como ele.
Mas o homem levava consigo uma moça que não tinha ligação alguma com Darcy a não ser o fato de ser a irmã mais nova da mulher que ele amava. E para garantir a felicidade de sua amada ele iria até o fim do mundo para encontrar o sr. George Wickham e a srta. Lydia Bennet.
O que ele faria quando os encontrasse, porém, ainda não sabia. Só sabia que a ganância de Wickham era uma fraqueza que ele poderia explorar.
Mas tinha que ser muito cuidadoso para não dar a Wickham nenhuma vantagem ou deixá-lo entrever alguma fraqueza em Darcy. Se o fizesse, Wickham poderia conseguir dele o que quisesse.
Se eles estiverem casados, eu lhes darei o maior apoio financeiro que puder. Se não, então será apenas uma questão de levar Lydia de volta para a família.
Em um beco escuro, Darcy olhou mais uma vez para o papel que tinha em suas mãos. Se as indicações que a sra. Younge lhe dera estivessem corretas, a rua Harwood ficava no final do beco. Prosseguiu até a saída da rua. Uma mulher passou por ele, entrando em um prédio imediatamente à sua esquerda. Ele parou em frente ao prédio e olhou para cima.
Será este o lugar?
Uma placa de madeira pendurada na fachada mostrou a Darcy que o prédio era uma hospedaria. Não vendo nenhuma outra hospedaria na mesma rua, voltou seu olhar para o alto. Havia um rosto na janela. A figura olhou em outra direção e, em seguida, voltou os olhos diretamente para ele. Logo outra figura mais alta se juntou à primeira e, olhando rapidamente para Darcy, desapareceu. A segunda figura lhe era bem familiar.
Caminhou decidido até a porta. Abriu-a e perguntou ao estalajadeiro:
– Desejo ver dois de seus hóspedes, um homem que atende pelo nome de Wickham acompanhado de uma moça chamada Lydia Bennet.
O homem indicou a escada.
– Claro, senhor. É só subir, último quarto à esquerda.
Sem se dirigir novamente ao homem, Darcy subiu. Encontrou o quarto e bateu à porta.
Não houve resposta. Bateu novamente, desta vez com mais força.
Pode ouvir sons de uma discussão do outro lado da porta.
– Já faz séculos que não temos nenhuma diversão. Vou deixá-lo entrar!
Lydia Bennet abriu a porta. Estava vestida para dormir, com um robe cor-de-rosa.
– Boa noite, srta. Bennet – disse Darcy num tom neutro.
– Sr. Darcy, que surpresa! – exclamou Lydia. – O que o senhor faz aqui?
Ele ignorou a pergunta.
– Posso entrar?
– Claro – Ela se afastou para que ele entrasse, fechando a porta em seguida.
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O Outro Lado De Orgulho E Preconceito
RandomUma fanfic fantástica para quem gosta do livro Orgulho e Preconceito de Jane Austen. A autora reescreveu o livro inteirinho sob o ponto de vista do Mr. Darcy. Tudo em Português/BR. --------------------------- Eu não sou a verdadeira escritora, so...