-Tudo começou quando a Rainha de Copas chegou ao nosso mundo. -Começou Scroll. -Ela fez aliados poderosos, que de certa forma contribuíram para a obtenção de interesses mútuos e ao mesmo tempo grandiosos. Ao certo, você ainda não deve saber disso Senhor Dolevan, mas o nosso mundo possuí uma parte totalmente coberta por florestas, rios e lagoas, enquanto a outra, é coberta totalmente por areia e um sol escaldante. Nós vivemos na parte florestal, aonde criamos cidades e desenvolvemos a tecnologia que você viu em nossos laboratórios contidos nesta unidade. Pois, os nossos recursos são ilimitados nessa parte da região, e é exatamente por serem isto que se tornam tão valiosos para a Rainha de Copas. -Ele disse colocando sobre a sua mesa uma pasta, com a frente escrita 'Confidencial'.
-O que é isso? -Pergunto ao pegar a pasta e começar a folheá-lá.-Isso é basicamente os nossos recursos ilimitados, que a Rainha tanto almeja a cada segundo. -Ele me reponde com severidade em seu olhar.
-Vejamos... Planta Safe que possui dentro de si, um remédio regenerativo; Vulcão Titus que possui dentro de si, uma quantia inimaginável de petróleo e gás; Costa Sea aonde todos os dias recebe alguns carregamentos de peixes, que possuem dentro de si, diamantes; E por último a Planta Oregano, que possui dentro de si um líquido mortal. -Digo, ficando sem reação alguma.Mas afinal o que era aquilo? Uma piada? Nenhuma daquelas coisas fazia sequer algum sentido. Scroll me encarava ferozmente como se estivesse esperando a minha reação ser um puro êxtase de fascino, quando na verdade a única coisa que eu consigo transmitir é uma interrogação enorme em minha testa.
-Eu esperava tudo vindo de você, mas não um silêncio ensurdecedor caro Alex. -Ele disse pegando um de seus charutos e o acendendo.
-É que isso não faz nenhum sentido! -Eu falo encarando ele, que logo sopra a fumaça de seu charuto em minha direção.
-E quando alguma coisa realmente fez? A vida não é um mar de rosas Senhor Dolevan, entenda uma coisa que eu vou deixar bem clara para você agora. -Ele diz tragando seu charuto por alguns segundos.
-Que seria... ? -Pergunto com uma certa curiosidade e impaciência se apossando de mim.
-Quando eu lhe propus que trabalha
-se para mim, eu não lhe dei muitas escolhas... Para ser mais claro, eu lhe ofereci uma saída com vida e dignidade para procurar a verdadeira razão de sua mãe ainda estar viva e, outra com a morte iminente e um descarte nada sutil de um peso morto que um dia foi útil. -Ele diz com um sorriso em seus lábios-Deixe-me adivinhar, você ja sabia a minha resposta quando propôs isso, não é? -Pergunto.
-Claro que eu já sabia. Afinal, pessoas como eu e você não gostam de saídas fáceis como a morte, não é mesmo Alex? -Ele diz terminando de vez seu charuto e o jogando no lixo.
-Pois é... Em minha equipe eu vou querer a Amaru, os dois homens que me trouxeram aqui e por último e mais importante, um prisioneiro da sua unidade.
-Vou encarar isso como um sim. Qual prisioneiro seria? -Ele me pergunta.
-Scott Woldermourt. -Respondo, fazendo com que ele de imediato ficasse tenso e com uma postura rígida.
-Você não pode estar falando sério Senhor Dolevan, eu admito que estou impressionado por você, em sua tentativa patética e fútil de fuga ter tido tempo de mexer em meu sistema e descobri-lo. Mas sinceramente você não é tão burro para querer ele solto por aí, afinal você leu a ficha dele e sabe como ele é! -Ele diz.
-Você está certo, eu li a ficha dele. E é exatamente por isso que eu o quero ao meu lado.
-Se eu o soltar ele irá te matar!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Paradoxo
General FictionO tempo é uma coisa perigosa, uma coisa pela qual não sabemos lidar, mas ele terá que aceitar que é o único que pode mudar isso. Aquele que caça pela necessidade, mata pelo desespero e luta para voltar, é o único que sobrevive ao Paradoxo Temporal e...