Haviam se passado algumas horas depois que eu acordará. Observei o teto com tanta frequência que eu comecei a me perguntar se eu realmente estava fazendo o certo, até que eu me lembrei de algo que a minha mãe sempre me dizia, "Seja o seu próprio herói". E assim como todo o resto, eu farei por ela. Minha força é apenas por ela, eu não irei desistir fácil. O meu pai escondeu mais do que apenas essa realidade de mim, e para mim isso já chegou ao fim.
Eu começo a olhar ao meu redor e vejo que um guarda parou em frente a porta da minha cela e a abriu dizendo.
-É a hora do jantar seus maricas, levantem e andem. -Ele ordenou com sua arma de choque em punho.
Eu desci da cama de cima e comecei a seguir o meu "Colega Careca", que caminhava em direção ao corredor direito, aonde mais a frente continha o refeitório.
Chegando ao refeitório, os guardas liberaram a passagem fechando a porta logo após a nossa entrada. Assim que eu entrei, eu comecei a observar o lugar, vendo que havia apenas vinte e quatro câmeras no local, além de vários homens com as roupas iguais às minhas sentados em grupos comendo. De repente uma idéia invadiu a minha mente. Ainda parado próximo da porta, eu encarei o meu colega careca e disse.
-E aí Careca, você vai querer dar no pé daqui comigo? -Eu lhe perguntei interessado.
-Meu nome é Jackson seu paspalho, não me chame de careca. -Ele disse.
-Ah é? E por quê não? Afinal você é mesmo um careca! -Eu lhe provoquei sorrindo.
-Eu não vou avisar-lo de novo novato!
-Está bem, não precisa se exaltar. Mas então, você irá comigo?
-Eu já disse que não irei. Meu lugar é bem aqui. -Ele disse virando de costas e começando a caminhar.
-Nesse caso, você é um peso morto em meu caminho! -Eu disse o fazendo parar de andar no mesmo instante.
Assim que ele parou de andar, ele virou apenas o seu rosto para o lado, aparentemente o direito e me disse sorrindo.
-E você pretende fazer o quê a respeito novato? Me matar? Não me faça rir.
E antes que ele começasse a andar, eu caminhei até ele, e cutuquei o seu ombro dizendo.
-Hey Jackson! -Ele se virou com o cenho franzido. -Eu farei isso. -Eu disse dando um soco em seu rosto o levando ao chão, pois eu o havia pegado desprevenido.
O que fez todos que estavam no refeitório dirigirem os seus olhares para nós. E assim que o Jackson se levantou do chão eu vi o ódio se apossar de seu corpo, e foi aí que eu soube que eu havia atingido a ferida na certa. O ego dele.
-Eu cansei de ser bonzinho com você novato! -Ele disse me dando um soco em meu rosto e partindo para cima de mim.
Ele começou a me socar com os seus dois punhos, me empurrando em direção a uma mesa, que logo em seguida eu acabei caindo em cima, fazendo a mesa se quebrar me levando ao chão. Ainda no chão, eu comecei a ser chutado, não só por ele mas por outros, que pareciam querer se divertir com a situação. Eu coloquei as minhas mãos e os meus antebraços sobre o meu rosto todo sangrento e sobre a minha cabeça para me proteger. Logo em seguida, eu me encolhi, ficando em um formato oval, pois eu precisava diminuir o impacto dos chutes em meu abdômen.
Eles me chutaram durante um minuto até aparecerem cinco guardas e os tirarem de cima de mim. Quando os guardas começaram a fazer os meus agressores circularem, eu finji desmaiar. Afinal a fase dois, estava se concretizando.
Eu sinto dois dedos se encostarem em minha jugular e alguém dizer.
-Ele ainda está vivo, apenas desmaiou. Vamos levar-lo para a enfermaria. Me ajudem Jim e Lex.
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Paradoxo
General FictionO tempo é uma coisa perigosa, uma coisa pela qual não sabemos lidar, mas ele terá que aceitar que é o único que pode mudar isso. Aquele que caça pela necessidade, mata pelo desespero e luta para voltar, é o único que sobrevive ao Paradoxo Temporal e...