Primeiro dia de aula

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Era cerca de 6h30 da manhã e eu estava me arrumando.

— Esse uniforme é meio estranho — comentei.

— Eu não acho — discordou Ariel.

— Bom, é estranho, mas as cores são bonitas — opinou Agnes.

— Concordo com as cores, mas essa saia não é para mim — reclamei.

— Use a calça então — sugeriu Ariel. — Eu vou de saia, acho bonitinha.

— Ah, pelo amor! — revirei os olhos.

— Vou me trocar no banheiro. Não saiam sem mim — avisou Ariel.

Ouvimos alguém batendo na porta.

— Abre aí, Rebecca! — chamou Agnes.

— Tá bom — levantei e abri a porta. — Matthew? O que está fazendo aqui?

— Bom dia pra você também — disse ele sorrindo. — O namorado da Ariel está procurando por ela.

— Ariel está no banheiro — respondi. — Veio aqui só para isso?

— Não, vim ver você também.

— Não tem nada melhor para fazer? — perguntei retoricamente.

— Na verdade, não. Mas posso ficar te admirando o dia todo — respondeu sorrindo.

— Já mandei você ir embora hoje? — perguntei.

— Hum, deixa eu ver... não — respondeu ele.

— Então vá embora — disse.

— Que agressividade, Rebecca — comentou Agnes.

— Dona Rebecca Myers Ackles está estressada — riu Matthew.

— Não precisa falar meu nome completo assim — comentei.

— Desculpa — riu ele. — Por que está de calça?

— Porque odeio saia — respondi.

— Toda durona você, hein! — Matthew provocou.

— Mais durona que você, molenga — retruquei.

— Molenga... melhor nem falar nada — respondeu ele.

— Não vai falar porque sabe que é verdade — provoquei.

— Pronto, gente — disse Ariel saindo do banheiro.

— Finalmente, vamos logo — disse Agnes.

Saímos do quarto e fomos para o refeitório.

— Estou morrendo de fome — comentei.

— Normal, você sempre está — disse Austin.

— Cala boca! — reclamei.

— Mas ele não mentiu — disse Luck.

— Pare de falar de mim! — comentei.

— Olha, tem waffles ali — apontou Matthew.

— Sai, são meus — brinquei e o empurrei.

— Cruzes, menina! — disse Ariel.

— Vamos logo sentar — sugeri.

Nos sentamos em uma mesa no fundo.

— Animadas para hoje? — perguntou Edward.

— Não — respondi.

— Claro que sim — respondeu Ariel.

— Por que não, cunhada? — perguntou Edward.

— Porque não — respondi.

O último andarOnde histórias criam vida. Descubra agora