Momentos de Tensão

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— Como assim ele desmaiou do nada? — perguntei, franzindo a testa.

— Desmaiando, Rebecca — respondeu Matthew.

— Eu não consigo entender. O menino estava bem há uma hora atrás e do nada ele desmaia? — disse eu, preocupada.

— Acontece. Ele não deve ter se alimentado direito ou sei lá — comentou Matthew.

— Foi culpa daquele fantasma, tenho certeza! — insisti.

— Nem tudo gira em torno do Finn — retrucou Matthew.

— No nosso mundo gira sim! — argumentei. — Enfim, como ele está agora?

— Bom, tudo o que eu sei até agora é que ele ainda tá vivo — respondeu Matthew.

Bufei, frustrada. — Eu não aguento mais ficar aqui. Tô boa já.

— O Miles só vai te dar alta provavelmente daqui há uma semana — informou Matthew.

— Devo comemorar? — perguntei, fazendo careta.

— Sim, com certeza — respondeu ele.


{Ariel}

— Austin, você está bem? — perguntei, observando-o abrir os olhos lentamente.

— O que aconteceu? — perguntou Austin, visivelmente confuso.

— Você desmaiou — expliquei.

— E agora seu rosto está todo vermelho. Tem certeza de que está bem? — indagou Agnes.

— Sim, tenho. Só preciso de um copo d'água — respondeu Austin.

— Fique aí, Edward vai buscar — disse eu.

Edward saiu rapidamente e logo retornou com um copo d'água. Austin bebeu um pouco e pareceu melhorar.

— É, então, eu vou voltar para o hospital e vocês vão ficar aqui me esperando — anunciei.

— Tá bom — concordaram eles.

Saí do quarto, desci as escadas e segui para o lado de fora da escola. Entrei no táxi que estava me esperando ali e fui para o hospital.


{Rebecca}

— Ariel está vindo — informou Matthew.

— Ótimo! — exclamei.

Miles bateu na porta e entrou.

— Olá, Rebecca. Como estás? — perguntou Miles, verificando os monitores.

— Estou bem — respondi.

— Que bom! Poderá sair dentro de um mês — anunciou Miles. — Bom, vou indo, tenho que checar outros pacientes.

Quando Miles fechou a porta, Matthew olhou para mim e eu comecei a gritar desesperadamente. Estava cansada de estar presa naquele quarto, com a bunda colada no colchão duro e aquele maldito gesso.

— Menina, calma — tentou Matthew.

— Pelo menos você vai sair daqui — murmurei, atirando um travesseiro em sua direção.

Ariel finalmente chegou.

— Hello, pessoas — cumprimentou ela.

— Até que enfim — disse eu.

— Alguma novidade? — perguntou, sentando-se.

— Ela acabou de ter um surto ao saber que só vai sair daqui dentro de um mês — explicou Matthew.

O último andarOnde histórias criam vida. Descubra agora