Sob suspeita

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— Então, o que foi resolvido? — perguntei.

— Meus pais estão vindo — disse Rebecca.

— Vivian, tem algum jeito da gente provar que não foi ela quem fez isso? — perguntei novamente.

— Não sei, talvez sim. Precisamos da polícia aqui — respondeu Vivian.

Eu estava sentada já fazia um bom tempo ao lado de Rebecca. Alguém bateu na porta e a diretora foi atender. Eram nossos pais.


{Rebecca}

— De novo, Rebecca? — perguntou meu pai, alterado.

— Eu não bati na Agnes — disse sem olhar em seu rosto.

— Pai, a Rebecca não fez absolutamente nada. Ela estava comigo o tempo todo — defendeu Ariel.

— Não tente defender esse projeto de marginal — disse meu pai.

— Gostei do apelido — murmurei.

— Comunicamos os pais da menina e a polícia está investigando o caso da agressão — explicou Vivian.

— E eu, como fico? — perguntei.

— Você está liberada por enquanto — respondeu Vivian. — Seus pais só precisam ficar cientes do caso, pois se você for culpada, eles provavelmente terão que responder a um processo.

— Era só o que me faltava — bufei.

Saí da sala e andei pelos corredores com Ariel e os meninos.

— Quem será que fez isso? — perguntei, preocupada.

— Alguém que não gosta de vocês duas, com certeza — disse Matthew.

— Só pode ser isso, não faz sentido algum — concordei.

— Eu vou descansar um pouco, licença — anunciei, saindo em direção ao quarto.


No dia seguinte


Estava no refeitório com os meninos, saboreando uns waffles enquanto pensava em Agnes.

— O que foi, Becca? — perguntou Matthew, sentando ao meu lado.

— Nada, só estou pensando na Agnes — respondi, distraída.

— Ela já está voltando, a gente vai resolver essa história — disse Matthew. — Vem, vamos para a aula.

Peguei minhas coisas e seguimos para a sala de aula. Escolhi uma cadeira no fundo e logo os outros alunos começaram a entrar.

— O que aconteceu com o Austin? — perguntei ao ver ele entrar na sala.

— Parece que fumou maconha — comentou Matthew.

— Austin, você está bem? — me aproximei dele.

— Nada — respondeu Austin secamente.

— Como nada? Seus olhos estão vermelhos — insisti.

— Não é nada. Preciso sair para lavar o rosto — disse Austin.

— Tá bom — concordei, sem entender sua reação.

Austin saiu da sala e eu retornei ao meu lugar. A professora chegou e começou a dar a aula.


{Ariel}

Estava prestando atenção na aula quando meu celular vibrou com uma mensagem de Austin.

O último andarOnde histórias criam vida. Descubra agora