Um dia em luto

254 28 1
                                    

Acordamos no mesmo horário de sempre e fomos tomar café da manhã.

— Bom dia! — cumprimento.

— Bom dia! — responderam em uníssono.

— Vocês viram o que a diretora colocou no quadro de avisos? — perguntou Edward.

— Não. O que? — indaguei.

— Devido ao acontecimento de ontem com o aluno Luck Hoenchlin Vanderwaal, a escola hoje estará em luto, por isso não haverá aula — disse Edward.

— Estão tentando descobrir a causa da morte? — perguntou Ariel.

— Provavelmente sim, mas não terão muito sucesso — disse Matthew.

— Ele foi morto por alguém que não está vivo, não podem explicar isso — disse Agnes.

— Existem policiais que acreditam na teoria dos fantasmas — disse Austin. — Mas é meio difícil provar.

— Vocês vão ao velório? — perguntou Ariel.

— Sim, ele é nosso amigo há anos. Seria muita desconsideração não irmos — disse Edward.

— Bom, eu não vou porque eu conheci o menino ontem praticamente e eu não gosto de cemitérios — disse eu.

— Cruzes! Eu vou com vocês — disse Ariel. — Nada de ir lá em cima sozinha, Rebecca.

— Ah, ta bom... vai nessa — comentei.

— Pode ser perigoso, especialmente agora, Rebecca — disse Matthew.

— Por que vocês perdem tempo avisando algo que ela já sabe?! — disse Austin.

— Obrigada, Austin! — respondi.

— É, verdade, a gente já conhece a peça aqui — disse Edward.

— Então, vamos logo, porque o velório é daqui a pouco. E é um pouco longe, porque o Luck mora em Montreal — disse Agnes.

— Então, ralem daqui! — falei.

— Você vem com a gente, mocinha! — Ariel me puxou da cadeira.

Fui levada para o quarto e fiquei mexendo no celular enquanto elas se arrumavam.

— Rebecca, me empresta um vestido? — pediu Ariel.

— Pega lá. — falei. — Como pode um ser humano não ter uma roupa preta?

— Eu sou um unicórnio, irmãzinha. Unicórnios não usam preto — disse Ariel.

— Você precisa de um terapeuta — comentei.

— Terapeuta... — Agnes riu.

— Ridícula — resmungou Ariel.

— Apenas verdades — falei.

Alguém bateu na porta.

— Entra! — gritou Ariel.

— Estão prontas? — perguntou Edward.

— Sim — respondeu Agnes.

— Então vamos — disse Edward. — Até mais, Rebecca.

— Qualquer coisa liga — disse Ariel.

— Tá bom, tchau! — falei.

Esperei todos saírem, dei um tempo e logo depois fui para a escada que me levaria até o último andar. Mas para minha surpresa, tinha alguém parado na escada.

— Que droga você está fazendo aqui? — perguntei.

— Eu sabia que você viria aqui sozinha. Portanto, estou aqui — respondeu Matthew.

O último andarOnde histórias criam vida. Descubra agora