O Ritual de Fogo - Final

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Acordei, tomei um banho rápido e organizei minhas coisas enquanto esperava as meninas.

— Já estou pronta — anunciou Ariel.

— Ótimo, acho que podemos ir então — respondi.

— Os meninos estão nos esperando na recepção — informou Agnes.

Assenti e seguimos juntas para a recepção da escola.

— Prontos? — perguntei ao chegar lá.

— Sim — responderam em uníssono.

Um táxi nos aguardava. Entramos e partimos para a casa do Matthew. Optamos por nos hospedar lá por ser próximo da escola e por haver uma igreja acessível nas redondezas. Após algum tempo, chegamos ao destino.

— Uau — comentei, admirando a casa.

— O que foi? — perguntou Matthew.

— Ah, nada — desconversei.

— Vamos entrando, pessoal. Temos muito o que fazer — disse Matthew, abrindo a porta.

Cumprimentamos os pais de Matthew, arrumamos nossas coisas rapidamente e saímos logo em seguida.

— Para onde vamos primeiro? — perguntou Ariel.

— Para a igreja. Precisamos falar com um padre sobre o que precisamos fazer — respondi.

— Então, vamos — disse Edward.

Caminhamos até a igreja mais próxima, entramos e procuramos alguém para nos orientar.

— Existe uma salinha na igreja onde os padres costumam estar — lembrou Agnes.

— Sabe onde fica? Não estou acostumada a vir à igreja — admiti.

— Fica por ali, nos fundos, atrás do altar — apontou Agnes.

Estávamos prestes a dar o primeiro passo quando uma voz nos interrompeu.

— Olá, precisam de ajuda? — perguntou um homem vestido com uma batina branca, parecida com a do papa.

— Olá, gostaríamos de falar com um padre ou alguém versado na Bíblia — respondi.

— Bem, essa pessoa sou eu. Meu nome é Samir e sou o bispo desta igreja — apresentou-se o homem.

— Samir? Que nome incomum — comentou Agnes.

— É árabe — explicou Samir. — Então, o que desejam saber?

— Primeira pergunta: qualquer um pode realizar um exorcismo? — perguntei.

— Sim, desde que haja fé. A fé permite combater o mal — respondeu Samir.

— Então, basta falar as palavras certas, segurar uma Bíblia, água benta e um crucifixo, e o demônio simplesmente vai embora? — questionou Ariel.

— A fé é crucial. Não se esqueçam disso — alertou Samir.

— Entendi. Segunda pergunta: quão perigoso pode ser realizar algo assim? — prossegui.

— Depende da agressividade do demônio. Em casos graves, pode ser fatal. É por isso que não se deve desistir e deve-se seguir até o fim — explicou Samir.

— Entendi. Acho que é só isso — concluí.

— É só isso que você tem para perguntar? — indagou Edward.

— Se tiverem mais perguntas, fiquem à vontade para fazer — ofereceu Samir.

— Não, não tenho mais nada para perguntar — disse Edward.

O último andarOnde histórias criam vida. Descubra agora