Visitas e Conflitos

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{Rebecca}

— Você precisa descobrir se o Luck tem o símbolo no braço — disse. — Eu estou impossibilitada de andar, ou de fazer qualquer coisa.

— Rebecca, esquece isso, já não adianta mais, já se passaram dias — disse Matthew.

— Então pergunta ao médico que fez a autópsia dele, por favor — implorei.

— O que eu não faço por você, hein?! — resmungou.

— Muito obrigada — disse, sorrindo.


{Ariel}

Era a última aula, graças a Deus. Estava contando os segundos para que o sinal tocasse e eu pudesse finalmente sair dali.

— Cinco, quatro, três, dois, um — contei olhando para o relógio.

Finalmente o sinal toca e eu saio desesperada da sala e sigo em direção ao quarto. Jogo minha mochila na cama, vou para o banheiro, tomo um banho, me visto, saio e dou de cara com Agnes.

— Vai aonde? — perguntou Agnes.

— Se arruma. Vamos ver a Rebecca — disse. — Tô esperando vocês.

Saí do quarto antes que Agnes pudesse falar alguma coisa.


{Rebecca}

Percebo a expressão cansada no rosto de Matthew.

— Por que não vai dormir? — perguntei. — Você ficou a noite toda acordado.

— Só vou sossegar quando sua irmã vier pra cá — respondeu.

— Vai fazer o que eu te pedi esse final de semana? — perguntei.

— Vou, mas quero algo em troca — disse Matthew.

— A única coisa que você vai ganhar vai ser um soco — respondi.

— Ui, ela tá brava — debochou. — Sabe do que eu lembrei?

— O que? — perguntei.

— Lembra que você tinha desafiado o Edward pra uma partida de futebol — disse Matthew.

— É, verdade. Mas eu não vou voltar a andar tão cedo — disse.

— Sua recuperação vai ser rápida, não se preocupe — disse Matthew.

— Assim espero — disse.


{Ariel}

Estava na recepção quando finalmente eles descem.

— Amém — disse.

— Calada! — disse Agnes.

— Vamos — disse Austin.

Pegamos um táxi e seguimos para o hospital. Ao chegar, fomos na recepção e a mulher que fica lá estava comendo chiclete feito uma lhama. 

Não me surpreenderia se ela desse uma cuspida na gente.

— Viemos ver a paciente Rebecca Myers — disse.

— Naquela primeira sala à direita — respondeu a "lhama".

Assenti e segui até a sala. Matthew estava com cara de velho cansado.

— Uau, não dormiu? — perguntei óbvia.

— Não — respondeu.

— Bom, já chegamos, pode ir descansar — disse.

— Tá bom, qualquer coisa me liguem. — Matthew beijou a testa de Rebecca e saiu.

— Então, dona encrenca, o que aconteceu? — perguntou Agnes.

— Acordei sem me lembrar de nada, então, eu disse para o Matthew que tinha visto o Finn e ele deduziu que eu caí da escada devido ao susto que aquele fantasma me deu — disse Rebecca.

— É, até que faz sentido — disse Austin.

— Eu quero sair daqui, só atrasou a minha vida — disse Rebecca.

— Não querendo te desanimar, mas o Miles disse que sua recuperação será longa — disse.

— E meus pais? — perguntou Rebecca.

— Nosso pai acha que isso foi um pretexto pra você não estudar, te chamou de irresponsável e blá blá blá. Eu fiquei bem irritada, Matthew também — respondi.

— Matthew e você? Vocês estão doidos?! — disse Rebecca.

— Ele te defendeu, eu só gritei — disse.

— Ai, meu Deus... — disse Rebecca.

— Relaxa, não vai acontecer nada — disse.

— Eu não quero ver o senhor Chad, nem a Dona Willa, vulgo meus pais — disse Rebecca.

— Não tem essa escolha — disse.

— Mas vou ter — disse. — Estou com fome.

— Vou buscar alguma coisa pra você comer — disse. — Já volto.

Saí e fui buscar alguma coisa pra comer.


{Rebecca}

— Matthew vai descobrir o negócio do símbolo pra mim — soltei.

— Ele é doido — disse Agnes.

— Isso não estaria acontecendo se algum de nós tivesse percebido a droga do símbolo — bufei.

— Pode deixar que a gente vai prestar atenção na próxima pessoa que morrer — disse Austin.

— Obrigada — disse. — As coisas estão calmas na escola?

— Até então, sim — respondeu Agnes.

— Nenhum sinal do Finn? Estranho — disse.

— Já que você está fora do ar e não tem ninguém mais procurando por ele, deve ter tirado uma folga — disse Austin.

— Continuem a descobrir algo, por favor — pedi.

— Está louca? Luck tá morto. Isso não é o bastante pra você parar com isso? — perguntou Austin.

— Olha, já que vocês não querem, tudo bem. Eu vou me recuperar e vou lá sozinha — disse.

— Que assim seja — disse Agnes.

Ariel entra no quarto com alguns biscoitos amanteigados.

— Toma, Rebecca — disse Ariel, me entregando.

— Valeu — disse, pegando.

— Então, sobre o que estavam falando? — perguntou Ariel.

— Sobre o Finn — respondi.

— Tenho um plano — disse Ariel.

— Qual? — perguntei.

— Vocês só vão saber quando Rebecca se recuperar — disse Ariel.

Começamos uma longa discussão sobre Ariel e seu plano.

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Oi oi, galera

Seguinte: capítulo tá pequeno, eu sei. Voltei a estudar, então pra ficar mais fácil, eu vou postar capítulo todo final de semana.

Beijos da tia Ray. ❤

O último andarOnde histórias criam vida. Descubra agora