*Briga no pátio

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Bryan voltou nos dias seguintes para ver se tinha uma resposta daquela mulher intrigante, o tempo estava passando e seu processo correndo. Diante da janela, ele a observa correndo pelo pátio, estava alheia com o que acontecia a sua volta, o grupo de cinco mulheres se juntou perto de onde ela corria, ficaram conversando entre elas olhando Megan correr de um lado para o outro. Bryan se preocupou chamou o diretor para observar uma possível briga, mas o homem não deu bola, voltando para a sua mesa, o olhando por cima dos óculos para Bryan, aquela invasão o incomodava.

Bryan não saiu de perto da janela, continuando a observar aquele grupo que parecia maquinar algo, e não cheirava muito bem.

— Ei! — disse uma fazendo Megan parar abruptamente. — Quer dizer que é uma assassina?

— Não matei ninguém. — disse Megan ofegante, e desconfiada.

— É o que todas dizem aqui.

O circulo de mulheres se formou há sua volta e no centro fica as duas se encarando, Megan sente seu coração disparar, e se lembrou de seu treinamento em artes marciais, procurou o controle e o equilíbrio, buscando a concentração, deixando todo o resto sumir de suas vistas.

Uma delas tomou à liderança, dando um passo a frente, mostrando a Megan que ela seria sua adversária, prendeu o cabelo em um rabo de cavalo sorrindo desafiadoramente. Soltou os braços partindo para cima de Megan que, saiu para a direita evitando o golpe no rosto, e lhe deu um chute na bunda. Todas riram.

— Bate nela, Mary! — Uma das moças gritou.

Mary se ajeitou nos calcanhares e a olhou em fúria, não tinha gostado da brincadeira. Megan balançou a cabeça em negativa indicando para que desistisse da brigas.

— Não quero te machucar, Mary! Então é melhor desistir.

— Eu cresci nas ruas, sua vadia! Sei brigar muito bem. — E partiu para cima, agarrando a cintura dela, as duas foram ao chão, fazendo Megan bater as costas.

Megan rapidamente torceu o corpo ficando por cima de Mary, pegou seu braço e lhe deu uma chave de braço, a mulher uivou de dor tendo o seu ombro deslocar.

Megan olhou para cima, o rosto de Bryan surgiu, ele a olhava pela janela da sala do diretor, seu rosto estava visivelmente preocupado fazendo-a largar a mulher e, se levantou sem tirar os olhos da janela, e foi atingida por um soco, caindo desmaiada.

Megan e Mary são levadas para a enfermaria, Bryan e o diretor seguem para lá, e assim que entrou, á avista sentada na maca, Bryan se aproximou rapidamente pegando em seu rosto para ver o estrago que haviam feito.

— Você está bem? — Ele reparou no hematoma em seu queixo.

— Estou. — disse ela fazendo careta enquanto ele mechia em seu rosto.

— O que está fazendo aqui Sr. Smith? Deveria estar trabalhando. — Ela o encarou, sisuda.

— Preciso cuidar de você, Megan! — Ele piscou para ela, reprimindo um sorriso. — E aí. Leu o contrato? Tem alguma resposta ou pergunta?

— Muitas perguntas. Mas, por hora só quero descansar. — Ela olhou para o diretor que a examinava com os olhos. — Bryan! Passe amanhã para levar o contrato, e, quero conversar antes de lhe entregar.

— Tudo bem. — Ele a abraçou suspirando longamente, talvez aliviado por estiver cedendo. — Vou te tirar deste inferno.

— Espero que sim. — Ela não retribuiu o abraço e ele a solta.

— Até amanhã! —Bryan sorriu pegando em seu queixo.

Bryan saiu da enfermaria com o diretor, a enfermeira a colocou deitada novamente, aplicando uma medicação, logo a liberou para voltar à cela, pois estava empoeirada e suja da briga e da corrida, queria tomar um banho. Esperou para que todas saíssem do chuveiro coletivo e entrou.

Calmamente tirou a roupa e começou a tomar seu banho. A água estava convidativa se esquecendo de ficar de olhos bem abertos a sua volta, só pensava no contrato e no que iria perguntar à Bryan.

De repente ela sentiu uma mão cobrir sua boca, sendo agarrada pela cintura e puxada para trás, Megan se debateu sentindo o cheiro do conhaque em seu hálito.

Puta merda!...É o diretor!

— Não grite e nem tente fugir, eu juro que faço você ficar aqui mais tempo do que imagina. — Ele a ameaçou, e Megan procurou se acalmar. — Eu vou soltar você e quero que seja boazinha comigo, entendeu?


Sob Suspeita (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora