*Pela manhã 6H

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Megan dormia tranquilamente, o relógio marcavam seis horas da manhã. Sua noite foi exaustiva e cheia de confusões e decisões. De repente se escutou um estrondo e a porta de seu quarto foi aberta com violência. Policiais invadiam gritando com suas armas em punho.

— Fique quieta, levante as mãos devagar. — Gritou Mitchell empunhando sua arma apontando para ela.

Megan olhou para eles, assustada, obedeceu os comandos do oficial.

— O que está acontecendo, Mitchell?

Outro policial foi até ela cauteloso, puxando suas mãos para trás e a algemou rapidamente.

— Temos um mandato de prisão pela morte de seu marido Eduard Miller. — Mitchell a encarou, seus olhos não revelaram espanto ou contradição, ele acreditava na acusação

— Espere aí? Eu não matei Eduard? — Ela lutou para não sair da cama, mas é puxada para fora dela. — Preciso por uma roupa pelo menos. — Gritou ela que estava apenas de calcinha e camiseta regata com o nome da corporação.

Megan era tenente da polícia militar, em Michigan, Detroit, policial experiente, com medalhas por honra ao mérito, e, pelo seu incrível trabalho executada ao longo dos anos.

Ray Adams, seu amigo e parceiro cedeu um quarto em sua casa, assim ficaria segura durante o processo do divórcio. Eduard com seu ciúmes doentio a seguia pelas ruas de Detroit, agredindo-a verbalmente em público, E nos últimos meses Megan conseguiu uma liminar por direito de restrição, Eduard não poderia se aproximar, que passou a ter crises depressivas.

Enquanto se arrumava, Megan procurava em sua mente o que tinha passado na noite anterior, lembrando de cada humilhação que passou nas mãos de Eduard, mesmo assim seria incapaz de matá-lo, tinha tanto medo de fazer uma besteira que mantinha sua arma na delegacia aos cuidados do departamento de apreensão com autorização do delegado Dr. Moore, um homem genioso, firme, mas compreensivo, Megan é a única mulher a trabalhar com eles, ao todo, eram 17 policiais, entre investigadores, tenentes, sargentos e policiais de ronda para dar apoio.

Mitchell a pegou pelo braço assim que Kate a ajudou a colocar a calça jeans, a puxou para fora da casa. Seu olhar era de satisfação e orgulho por ter feito aquela apreensão, parecia que tinha pegado um criminoso importante e cruel.

Megan olhou para Kate e Ray que os seguia perplexos, pediu ela, forçando Mitchell parar.

- Ligue para meu advogado, Ray! - Ela é puxada novamente por Mitchell para saírem da casa, queria acabar logo com isso.

A rua estava repleta de curiosos, cinco viaturas foram disponibilizadas para prender Megan, que estava assustada. O pavor percorreu seu corpo, não entendia por que estava sendo acusada pela morte de seu marido, e se perguntava o que aconteceu com ele e como foi morto, não tinha inimigos pelo que ela sabia, era duro nas negociações, Eduard era apenas um empresário calçadista, era seu ramo de trabalho e não existia concorrência que o intimidava.

Mitchell abriu a porta da viatura segurando o topo de sua cabeça, e a forçou a entrar na viatura.

— Moore irá conversar com você assim que chegarmos à delegacia. — disse Mitchell assim que entrou no carro. — Você está muito encrencada. — Ele deu um sorriso satisfeito ao vê-la desarmada.

— Você acredita mesmo que matei meu ex-marido?

— Ex? Pelo que eu saiba você não assinou nada ainda. Então se considere viúva e dona de um império calçadista.

— Não diga bobagens, Mitchell! — Megan se irritou.

Preferiu ficar calada antes que algo a comprometesse mais ainda. Suas chances agora era conversar com Moore e tudo ficaria esclarecido.



Sob Suspeita (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora