*Megan vai em busca de seu carro

2K 237 3
                                    

Megan se aconchegou naquele abraço, queria tanto que fosse verdade o sentimento que ele demonstrava em ter por ela.

Bryan sentindo aquela aproximação, sentindo que seu coração estava amolecendo mudou de atitude se soltando dela, ajeitando-se no banco e passou a olhar para fora, deixando o mundo e seus pensamentos correrem pela janela enquanto o carro estava em movimento.

4 minutos depois estacionaram em frente à delegacia, Megan respirou fundo, desceu do carro assim que Christopher abriu a porta para ela, Bryan já havia saído do carro, abotoou o paletó olhando para a entrada da delegacia, havia um movimento de policiais.

Megan se aproximou dele, o olhou por um instante e sentiu a mão de Bryan entrelaçar os dedos nos dela, atravessaram a rua com elegância e entraram.

— Megan! Que bom vê-la! — disse Dylan saindo de trás do balcão de informação, indo ao seu encontro, lhe deu um abraço acolhedor. — O que faz aqui?

— Vim buscar meu carro. Seu tom de voz era triste. — Sorriu amável.

— Seu carro? — Dylan franziu o cenho. — Não sabia que seu carro estava aqui.

— Verifique para mim, por favor, Dylan! Quero ir embora o mais rápido possível. — Ela olhou para Bryan que estava apenas observando a movimentação.

— Megan! Terá que falar com o Moore. Ele está encarregado a lhe entregar o veículo. — Dylan torceu a boca, pois não estava em sua alçada liberar.

Merda... — Ela suspirou resignada. — Ele está aí?

Dylan apontou para cima, indicando a sala dele.

Megan agradeceu com um sorriso resignado, segurou na mão de Bryan e o puxou para subir, pois naquele momento ela precisava sentir a segurança que ele dava a ela.

Os dois lances de escada foram de pura ansiedade para Megan, estar de volta aquele local não era fácil para ela, ver seus colegas que transitavam a olhando desconfiados, também não era algo que a deixava confortável. Ao chegar no segundo andar, todos se levantaram, Megan sentiu um nó na garganta, a emoção em ver todos os seus colegas trabalhando, a cumprimentando com continência, alguns saíram de seus lugares, indo até ela para um aperto de mão, outros deferiam alguns tapas nas costas e Moore saiu de sua sala para ver aquela movimentação. Há olhou surpreso.

Megan o olhou, deixando de cumprimentar seus colegas, era hora de ir falar com Moore, terminar com aquela angustia e sair de lá o mais rápido possível. Caminhou pelas mesas, olhar magoados. Passando por sua mesa, deslizou os dedos na madeira rústica e disse para Bryan.

— Está era a minha mesa... — olhou para Bryan.

— Organizada. — ele segurou o seu rosto, lhe dando um beijo casto.

— Está muito amável hoje, Sr. Smith! — disse ela baixinho, voltando à atenção para Moore.

— O que faz aqui tenente? — Perguntou Moore.

— Vim buscar o meu carro. — Ela pegou o pedido de desbloqueio do automóvel concedido pelo juiz.

— Para que quer aquela lata velha? Você agora é milionária. — Bryan sentiu uma ponta de desdém em sua voz.

Megan sorriu chateada ao ouvir aquilo.

— Não sou, Moore! Eu continuo a mesma pessoa... Simples, Amável, e, ainda querendo mudar o mundo como você mesmo sempre me disse. — E por um breve momento os dois ficam se olhando.

— Tenente! Você foi o meu melhor policial nesses dez anos de trabalho... Sinto a sua falta... Todos nós sentimos...

— Poupe-me de suas palavras. Quando eu mais precisei de vocês... Virou as costas para mim, acreditaram, e me julgaram... — ela balançou a cabeça, olhou para Bryan, seus olhos estão cheio D'água. — Bryan foi o único que acreditou em mim, não me deixou sozinha... Agora... Se puder... Quero o meu carro, por favor. — Megan encarou Moore com decepção e magoa, puxou o saquinho com o pedaço de papel que encontrou na lareira e entregou para Moore.

— Você é forte, Megan! Tenho certeza que logo tudo isso vai ser esclarecido, voltará para nós! — Moore olhou para aquele saquinho, viu o pedaço de papel e sorriu, apanhou e se voltou para dentro de sua sala, abriu uma gaveta apanhando a chave de carro de Megan e a entregou. — O que é isso? — ele perguntou levantando o saco improvisado de evidência.

— Achei na lareira da casa de Eduard, provavelmente é o restante da papelada do divórcio, ele deve ter queimado assim que sai de lá. — Megan pegou a chave da mão de Moore.

— Me perdoe, Megan! E você sabe que acontece muitos policiais escorregam, acabam praticando este tipo de crime...

— Como falei... Dispenso seus comentários. Não me deu chance de me explicar, virou as costas para mim. Não pretendo voltar assim que for provada minha inocência. Vou pedir transferência, ou quem sabe, me preparar para o FBI como sempre quis.

—Megan! — Ray entrou correndo pelo escritório, se jogando em seus braços.

Ray riu alto a abraçando apertado, rodopiou com ela, fazendo Bryan se afastar de imediato.

— Minha garota! Ah, Megan! Que saudades de você! — Ray segurou seu rosto emocionado.

— Também sinto sua falta, Ray! — Ela apertou seus braços. — Está de pé à visita logo mais em nossa casa, não é?

— Claro, garota! Estou ansioso... — ele parou de falar ao ver Bryan ao seu lado. — Ôhhhhh! Vejo que está acompanhada de seu noivo. — Ray segura à mão de Bryan e o puxa para um abraço, estapeando o peito de Bryan animado.


Sob Suspeita (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora