*Na delegacia

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Megan chegou à delegacia escoltada, Mitchell não teve dó, puxando-a para fora do carro, e a leva as pressas para dentro.

Abriu a porta da sala de interrogatório obrigando a se sentar.

As algemas estavam apertadas e ela reclamou de dor.

— Por favor, me solta, Mitchell! Não vou a lugar nenhum. — Ela fez careta sentindo o aço machucar seu pulso.

— Fica quietinha aí, Miller! — Ele saiu deixando-a sozinha.

Moore entrou depois de 30 minutos, o som de lá de fora entrou junto, havia certa confusão. Fechou a porta olhando para ela, deixando claro sua cara de decepção e, com ele trazia uma pasta-arquivo bege, que ela conhecia muito bem, 'homicídio'.

Antes de se sentar a sua frente, ele jogou a pasta na mesa, se sentou passando a mão no rosto completamente decepcionado. Olhou-a por um instante e começou a falar.

— Megan!... Seu marido foi encontrado morto com três tiros, e um deles na cabeça...

— Pelo amor de Deus, Moore! Eu não matei e você sabe que deixo a arma aqui, e, não ando com outra arma. Você mesmo sabe disso!

— Esta noite você não deixou a arma com a gente, Megan! Verificamos e não estava aqui, foi encontrado no seu quarto embaixo da sua cama. Faltam três projéteis... — Ele encosta-se à cadeira, mantendo seu olhar de decepção. — A pericia está analisando, mas, não tenho dúvidas de que saiu de sua arma, Megan!

— Moore! Pelo amor de Deus! Eu não fiz isso! — Ela começou a chorar. — Acredite em mim! Eu deixei minha arma aqui... Pergunte para Dan, ele estava cobrindo o turno da noite!

— Megan! Dan teve um infarto agora de manhã, infelizmente faleceu. — Moore empurrou a pasta e abriu mostrando as fotos de Eduard morto.

Megan virou o rosto, não queria ver aquilo, e Moore a encheu de perguntas.

— O que foi fazer na casa dele, Megan?

— Fui vê-lo e assinar o divórcio! — As lágrimas escorrem.

— Por que foi assinar o divórcio na casa dele?

— Ele me ligou. Disse que se eu não fosse lá, iria se matar. Estava triste demais, e, queria me ver só mais uma vez antes de assinar o divórcio, disse que queria pedir perdão e que estava arrependido. — Megan tentou segurar as lágrimas, se sentia acuada e injustiçada. — Eduard prometeu que o advogado estaria presente, quando cheguei o carro estava lá, mas o advogado não estava dentro da casa, conversamos e... — Ela olhou para Moore que escutava atentamente, levantando uma das sobrancelhas querendo que continuasse. — E fizemos amor no chão da sala, depois disso ele me passou os papeis do divórcio, eu assinei e fui embora, quando saí eu olhei no relógio e marcavam dezoito horas, entrei no meu carro e vim para cá, vim para minha mesa, fiz meu relatório e fui para casa. Eu e Kate cozinhamos e conversamos muito, depois fui dormir.

— Megan! Olhamos seu computador e a fita das câmeras do setor de apreensão... Não existe registro e nem vimos você entrar no prédio ou entregar sua arma, não existe relatório. Você simplesmente não esteve aqui ontem.

— Moore! Muitos me viram aqui. Alguém tem que confirmar isso!

— Perguntamos para todos. Ninguém confirmar, o único que podia confirmar... Morreu hoje!



Sob Suspeita (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora