*Megan vai ao shopping

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As duas se despediram e Megan desceu a escada, estava farta de ficar dentro de casa, sendo vigiada.

Pediu para que Christopher a levasse para ao banco, queria ver o seu saldo, fazer algumas compras para espairecer, Christopher a atendeu prontamente e saíram.

***

Os dois andaram pelo shopping, Megan comprou algumas guloseimas que gostava, comia no tempo de delegacia, sempre tinha balinhas e doces em sua mesa, pois às vezes prendiam mulheres traficantes que usavam seus filhos como escudo, assim distraia a criançada, oferecendo doces. David era um menino de sete anos, inteligente e observador, era apaixonado por ela, e ela o enchia de mimos. Comprou os doces que ele gostava, iria fazer uma sacola cheia de doces para ele, comprou alguns brinquedos e um novo cartucho de vídeo game que ela tinha prometido em comprar, ao passar por uma loja de artigos para bebê parou, se pôs a observar, queria ter uma ideia das novidades e entrou sem se preocupar se estava sendo ou não seguida, olhou tudo e se encantou com os macacões azuis claros e felpudos. Agradeceu a vendedor e saiu.

Resolveu comer em um dos restaurantes no shopping, e Christopher mantinha Bryan atualizado de todos os passos dela.

Se sentou para almoçar, ajeitou suas sacolas e a bolsa na cadeira ao lado e teve uma surpresa, Bryan se aproximou.

— Posso, Madame? — disse ele.

Megan levantou a cabeça rapidamente em direção a Bryan que estava elegante, seus olhos eram de pura admiração por ela.

— Que surpresa... Claro que sim! Sinta-se a vontade, Senhor! — Megan o olhou intrigada e agradecida ao mesmo tempo, estava se sentindo sozinha, achando tudo muito chato.

— Interessada em roupinhas de bebê? — disse ele se sentando, com ar divertido.

— Me atualizando apenas... Tem coisas lindas. — Ela sorriu e o garçom se aproximou.

— Já almoçou neste restaurante? — Bryan olhou em volta.

— Muitas vezes. Servem um Salmão delicioso. — Ela apanhou o cardápio, e olhou para ele que parecia desconfiado do local. — Bryan? Relaxa! — Ela sorriu. — Vou pedir para nós dois, ok?

— Por favor. — Ele arrumou o paletó se ajeitando confortavelmente, sorriu.

— Por favor? — Ela levantou a mão chamando o garçom, esperou que se aproximasse e fez o pedido. — Quero duas saladas de folhas verdes, purê de bacalhau com tomates cerejas e grelhado de salmão com legumes cozidos, traga a carta de vinhos, Bryan irá escolher. — Ela entregou o cardápio para o garçom agradecendo a atenção.

— Muito bem! Gostei da escolha. — Ele sorriu sem deixar de admira-la.

— Você disse que uma amiga e jornalista, irá a sua casa? Afinal de contas ela estará lá como amiga ou como jornalista?

— Como amiga e como jornalista. Provavelmente fará uma matéria contando sobre nós dois. — Ele pegou o cardápio de vinhos, abriu para escolher. — Sancerre La Baronnes 2012, por favor? — ele devolveu o cardápio, voltando a olhar para Megan. — E a casa é nossa.

— Nossa?! Uauuuu... — ela sorriu irônica. — Não fiz nada para merecer.

— Fez... Tenha certeza disso.

O garçom voltou animado com a garrafa, desfilando-a, despejou um pouco no copo e o entregou. que saboreia e manda servir, mas se cala em seguida.

— O que vamos falar de como nos conhecemos?

— Megan!— ele coçou a testa soltando o ar pela boca. — Vamos dizer o que sabemos um do outro.

Ela balançou a cabeça parecendo chocada, pois não sabia nada dele, tinha poucas informações, e também não podia chegar e falar... — "ele me fez uma proposta absurda para livrar a minha cara em troca de um filho!" — Ela olhou para os lados, deixando claro que estava preocupada e confusa sobre o assunto.

— Deixa que eu falo... Não se preocupe com isso... — Bryan a encarou dando um gole no vinho. — Não vamos dizer uma palavra se quer do nosso acordo, certo?

— Claro... Somos um casal completamente apaixonados, não é mesmo? — ela foi seca em suas palavras.

— Isso mesmo. — ele percebeu seu sarcasmo, e fingiu não entender.

O prato foi servido, Bryan experimentou o purê de bacalhau e se surpreendeu com o gosto, comeu com satisfação, molhando o pão naquele creme.

Megan a principio perdeu o apetite, pensou duas vezes se comeria ou não, e resolveu provar, não resistindo a tentação, a fome a pegou de surpresa e se deliciou com o prato.

Bryan resolveu se soltar, falou sobre seus projetos e a futura compra de mais uma parte de terras para expandir, e explorar o minério, falou sobre o advogado, que amanhã sairia a liminar para ela ter direito de retirar seus pertences da casa do ex-marido e o carro. Ela sorriu agradecida, não dizia nada, apenas escutava com atenção, queria que Bryan falasse mais sobre sua vida. Uma hora depois terminaram o almoço, Bryan não deixou que ela pagasse, e saíram de lá para dar uma volta pelo shopping. Bryan ainda tinha trinta minutos para estar com ela.

— Com quem vinha neste restaurante? — Perguntou ele curioso.

— Com Kate e Ray. Quando calhavam nossas folgas. — ela o olhou rapidamente, mantendo o sorriso. — Eu fui a pouquíssimos lugares com meu ex-marido, ele sempre dava um jeito de surtar por ciúmes... Então sempre recusava em sair de casa, ainda mais com ele.

— Como um homem pode esconder uma mulher tão lida como você, querer machucar sempre que tinha chance? — Bryan soou indignado.

— Como uma mulher que é policial deixa que façam isso com ela. — ela respirou fundo, chateada consigo mesmo. — Mesmo com terapia... Eu não consigo me entender!

— Você fez terapia? — ele parou para olha-la.

— Fazia. Havia poucos meses que tinha começado. Kate insistiu em me levar em uma médica, colega dela. — Megan voltou a caminhar e Bryan a seguiu, em seu rosto estava estampado à surpresa. — Fui presa e não voltei mais. — Megan pegou em seu braço e continuam a caminhada.

— Você sente falta da terapia?

— Sim. Estava me ajudando muito. — Ela o olhou lhe dando um sorriso triste.

— Então volte, Megan! — Ele a encorajou.

— Não quero. Não agora. — Ela sentiu uma emoção forte crescer dentro de seu peito, ao pensar na possibilidade de ter que contar sobre o acordo, se sentia envergonhada por isso.

— Por que não? Se te faz bem...

— Bryan! Eu... — Ela parou o soltando. — Estou Cansada, quero voltar para casa.

— Tudo bem. — ele passou os dedos em seu rosto, se inclinou pairando no ar esperando ser repelido, mas ela não recuou deixando no ar a vontade de sentir seus lábios, ele a beijou, desta vez demorando.

— Nos vemos mais tarde. — Megan disse interrompendo aquele beijo, sem jeito o deixou parado, seguiu para o estacionamento com Christopher que levava suas sacolas e bolsa.


Sob Suspeita (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora