*Mustang GT 500 Shelby

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Megan riu ao ver a cara de Bryan completamente espantado, sentindo aquelas mãos pesadas em seu peito, o homem o estapeava como se já o conhecesse há anos.

— Esse homem não me deixou sozinha, Ray! Até parece você, Só que com ele eu vou me casar! — Ela sorriu, e se abraçam novamente.

— Ah, Megan! Minha garota... — ele beijou a testa de Megan. — Fiquei feliz pelo convite. Estou preparando o uniforme de gala.

Bryan parecia não entender nada e Megan resolveu explicar para ele.

— Como não tenho pais, e meus avós já faleceram, e não sobrou nenhum parente, eu pedi para Ray entrar comigo, com seu uniforme de gala. — Ela deslizou a mão em seu peito amavelmente, sobre o tecido fino do paletó. — Se importa?

— Não! Fico feliz que não vai entrar sozinha. — Ele sorriu puxando Megan pela cintura, aquela demonstração de carinho por parte de seu colega de farda, estava demasiado, deixando-o louco de ciúmes.

— Então nos vemos hoje à noite. — Megan se soltou de Bryan, deu um beijo no rosto, e o abraçou apertado em despedida.

Bryan seguiu Megan para os fundos da delegacia, passando por um grande portão, apresentou a liminar para o policial que estava na guarita e foi liberada para pegar seu velho Mustang GT 500 Shelby 1970.

Megan sorriu vitoriosa, puxou a capa de cima dele, mesmo surrado e velho, era seu e o adorava.

— Isso... É seu carro? — perguntou Bryan fazendo uma careta de desaprovação, horrorizado com o que via.

Um carro caindo aos pedaços, com muita ferrugem na lataria, sujo.

— Sim! Este é o carro que me acompanha desde a adolescência. — Seus olhos brilhavam de emoção, mas para Bryan aquilo era sucata.

— Nem morto que vou deixar você dirigir essa coisa... — ele levou as mãos à cintura. — Isso está caindo aos pedaços!

— Não está, não! Só precisa de carinho e cuidado. Coisa que vou ter de sobra... — Ela sorriu para o carro, segurou a chave, destravou e entrou.

A porta rangeu ao ser aberta, novamente Bryan fez aquela cara de reprovação. Ela girou a chave e o carro ganhou vida, ela acelerou rindo ao escutar o som do motor. — Amo esse som!

— É melhor chamarmos um guincho e rebocar para um ferro velho... — Ele definitivamente não estava contente em vê-la naquele carro caindo aos pedaços.

— Vamos, Bryan! É um clássico! Vem? Vamos embora! — Ela o chamou colocando os óculos escuros.

— Mas nem morto ando neste carro. — ele fechou a porta. — Vamos Megan? Vamos chamar um guincho e leva-lo para casa.

— Vá com Christopher, eu sigo vocês. — ela engatou a primeira e saiu devagar.

O carro passou a soltar fumaça, demonstrando que não estava tão bom assim de motor, e ela acelerou assim que ganhou as ruas, cantando pneu. Parou ao lado de Christopher e os dois riram gostosamente.

— Bela maquina, Sra. Miller! — disse Christopher examinando o carro.

Bryan atravessou a rua quase que correndo, apontando o dedo para Megan.

— Devagar, Mocinha! Ainda pretendo me casar com você, não estou a fim de me casar no hospital!

— Vejo vocês em casa! — Megan saiu devagar esperando por Christopher, e os dois seguiram para casa.



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Sob Suspeita (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora