Cap. 03

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ㅡ Hmn hmn... ㅡ Via meu pai reprovar minha prova de álgebra, a qual tirei um F bem vermelho. ㅡ Não está certo, você é burro, garoto? ㅡ Fiquei calado.

ㅡ Andy, você nunca teve dificuldades assim antes, o que está acontecendo com você? ㅡ Minha mãe tomou a prova dele.

ㅡ Hgrh, eu sei bem o que é isso, ele não está estudando direito. Eu tô desperdiçando meu dinheiro naquela escola?! ㅡ Se levantou, me encolhi nervoso e com medo.

ㅡ Espera ele terminar de jantar, Bruce. ㅡ Minha mãe pediu calmamente.

ㅡ Isso não é possível. É da casa pra escola, da escola pra casa. Não é pra ter tirado zero. ㅡ Continuei comendo, agora com um gostinho de lágrimas... ㅡ A partir de amanhã, vai chegar 17:30, e vai estudar muito até as 2hr.

ㅡ Quando eu vou dormir?! ㅡ Eu disse afogado.

ㅡ Não faça perguntas. ㅡ Disse ameaçador, abraçei minha mãe.

ㅡ Vai logo pro quarto, vai refazer essa prova. Filho meu não vai ficar de ano. ㅡ Bateu na mesa autoritário, corri pro meu quarto depressa e escorreguei pela porta. ㅡ E coloca as cordas!! ㅡ Peguei-as da gaveta sem demorar. Caí ali mesmo chorando muito.

ㅡ Filho... O jantar... Eu troxe seu prato, pode terminar de comer... ㅡ Minha mãe disse do outro lado.

。☆✼★ Troye Sivan ★✼☆。


Acordei um pouco cansado. Passei a noite respondendo mensagens, meus amigos da outra cidade... Como sentia saudade deles... Estava no grupo da sala por algum motivo. Procurei entre aqueles números o do garoto, que me interessava mais, mas parece que ele não possuia celular. Que absurdo! Sentei na mesa do café, minha mãe me recebeu com um riso sínico.

ㅡ Ainda está bravo comigo? ㅡ Pesou sobre seus ombros.

ㅡ Não, mamãe... É seu sonho, não quero que desista dele por mim. ㅡ Morávamos muito longe de Ohio, mas ela foi transferida de cidade, como consequência de um salário melhor.

ㅡ Ahh que bom que me entendeu, filho... E eu sei que é só questão de tempo arrumar amigos, você consegue.

ㅡ Sim... ㅡ Voltei a pensar naquele azul pacífico das órbitas do garoto.

ㅡ Vou fazer com que seja temporário...

ㅡ Não se preocupa com isso, mãe. ㅡ A confortei, mesmo sendo contra morar naquela cidade ainda desconhecida para nós.

Conversamos sobre qualquer coisa, quando meu gato Spike pega meu casaco e sai correndo como um jato.

ㅡ Ah meu Deus!! Volta aqui, Spike!! ㅡ Corri atrás daquele gato, muito mais enérgico do que eu. Minha mãe riu, em poucos minutos estava rodando o quintal atrás dele. ㅡ Ah não, volta aqui!!! ㅡ Ele pulou a cerca, para piorar. Começei a chamá-lo, assobiando. De repente, vejo braços o jogarem de volta. ㅡ Ahr! Spike!! ㅡ Segui aqueles braços, e vi claramente... O azul que penetrou minha alma!

ㅡ Ah você?! O que faz aí?!

ㅡ Eu moro aqui... ㅡ Senti meu coração acelerar, ele estava subindo a cerca.

ㅡ Não brinca!! Eu moro do outro lado, não acredito que somos vizinhos!! ㅡ Disse animado, ele entregou meu casaco. ㅡ Seu gato é muito rápido.

ㅡ E muito danado. ㅡ Rosnei pra ele, tirando um riso do garoto, o acompanhei.

ㅡ Hum... Estava indo pra escola?

ㅡ Sim, até que o gato roubou meu...

ㅡ ANDY!! ㅡ Uma mulher, que possívelmente era sua mãe, o gritou. Ele emperrou os olhos como se fosse uma coisa ruim.

ㅡ Tenho que ir... ㅡ Ele disse já subindo a cerca novamente.

ㅡ Então... Te vejo na escola? ㅡ Perguntei sem medo.

ㅡ Se eu conseguir... ㅡ Sussurrou, me assustei um pouco. ㅡ Tchau.

ㅡ Tchau, Andy. ㅡ Fiz questão de o chamar pelo nome, ele olhou pra mim daquele jeito angelical e sumiu com um riso.

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