Cap. 05

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Cheguei em casa já amendrontado, eram 19hr!! Meu funeral estava cada vez mais próximo.

ㅡ Ah meu Deus, Andy, onde estava com a cabeça?!

ㅡ D-desculpa mãe, um garoto me seguiu e e-eu tive que correr dele... ㅡ Permaneci agachado a ela, meu pai estava na sala, no ponto já, engoli a seco.

ㅡ Bruce, por favor, escuta ele primeiro... - Ela disse calmamente, como sempre, tudo que ganhou foi um empurrão. Me defendi, ou melhor, me encolhi como uma bolinha preta no chão, senti sua mão forte me erguer, acochando cada vez mais meu pescoço.

ㅡ Eu disse que não permitia atrasos!! Onde você estava?! ㅡ Ele acrescentou a outra mão, tentei chutá-lo ou ter qualquer reação, mas não conseguia fazer mais nada. Senti meu ar sumindo aos poucos, minha vista ficando ainda mais embaçada.

ㅡ BRUCE!! VAI MATAR O NOSSO FILHO, PARA COM ISSO!! ㅡ Minha mãe o empurrou o fazendo me soltar, dei de cara com o chão. Eles começaram a discutir, mas não consegui compreender a barulheira que faziam. Me arrastei pela cozinha, vendo a luz saindo pela porta dos fundos. Fui o mais rápido que eu pude até o quintal.

。☆✼★ Troye Sivan ★✼☆。

ㅡ Meu Deus, que zoada toda será essa? ㅡ Virei pra trás, parecia vir da casa de Andy. Gritos desesperados e incompreensíveis quebrava o silêncio da minha sala de jantar.

ㅡ Já acabei, mãe. ㅡ Me levantei indo jogar os restos no quintal... Na verdade um pretexto para saber o que estava acontecendo. A luz do quarto dele estava acesa, me deixando ver minúsculamente a foto do Nirvana na parede. Dei pequenos passos pra tentar entender alguma coisa, a porta dos fundos estava semi-aberta. De repente, vejo um corpo cair no meu gramado, me assustando.

ㅡ Ah meu Deus!! Andy!! ㅡ Não demorei para socorrê-lo, ele pôs o indicador nos lábios como se quisesse fugir de alguém. O arrastei até minha varanda, ele estava mais pálido do que o normal, seus olhos perdidos e o pescoço cheio de marcas, mais intensas.

ㅡ Andy, meu Deus, o que aconteceu? ㅡ Ele se encolheu na parte escura da varanda.

ㅡ N-não tô conseguindo... Res-pirar... ㅡ O vi puxar o fôlego desesperadamente, começei a chorar pensando no pior, eu era uma criança impressionada.

ㅡ F-fica aqui, eu vou chamar minha mãe... ㅡ Saí correndo dentro de casa chorando. ㅡ Mãe, por favor, ajuda ele... ㅡ Meu coração pareceu morrer ao vê-lo daquele estado, vulnerável, encolhido e trêmulo.

ㅡ Vou levá-lo ao hospital. ㅡ Minha mãe o pegou no colo e o colocou no carro, segurei ele em meus braços, seus olhos fechados, seus pulmões se esforçando para captar o ar...

ㅡ Por favor, Andy... Respira! Fica comigo... Mais rápido, mãe!! ㅡ Eu berrava aflito, nunca tive tanto medo quanto aquela noite. Não queria que o fôlego dele sumisse e ele... Ah não!! Eu não podia pensar essas coisas.

[ ... ]

Pus minha cabeça entre os joelhos, nervoso, ancioso, afoito.

ㅡ Como ele está, mãe?! Posso ver ele?! Quero ver ele, me leva pra ver ele, mãe!! ㅡ Puxei seu vestido desesperadamente a fazendo sorrir brevemente.

ㅡ Calma, meu bem. Ele está descansando agora, já está respirando bem melhor... Acalme-se. Ele parece ser importante pra você... ㅡ Ela arqueou uma sobrancelha.

ㅡ Ele é meu melhor amigo, mãe... ㅡ Sentei suspirando.

ㅡ Calma, vai ficar tudo bem... Mas aquelas marcas no pescoço, são realmente assustadoras. Você sabe o que pode ter acontecido?

ㅡ Não... Ele nunca me contou algo do tipo. ㅡ Lembrei dele mexer no cachecol sempre impaciente.

ㅡ ... ...

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