Cap. 41

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Batemos a porta do box no banheiro. Eu me sentia afoito só de pensar... Andy me empurrou contra as paredes passeando pelo meu corpo. Desajeitadamente, procurou tirar minha blusa, ainda do patético hotel La Dusk, e minha calça com a box tudo de uma vez. Os sapatos  já haviam voado. Minha respiração ofegava, meu corpo gritava, meu coração explodia...

Andy tirou a sua blusa deixando expostas muitas tatuagens. Trilhei cada uma delas com um toque suave. Me ergueu de forma com que o enlaçasse pela cintura. Ele respirou contra meu pescoço antes de desabotar a calça e gemeu de olhos fechados.

ㅡ Eu esperei quase 10 anos... ㅡ Ouvi ela deslizar devagar, sua boxer preta também fez barulho ao encontrar o chão. Estavamos olhando cara a cara, abraçados.

ㅡ Vai em frente... ㅡ Eu disse me agarrando ao seu cabelo. Ele me desceu com cuidado, finalmente minha virgindade seria perdida... ㅡ Também esperei quase 10 anos.

Ele se impulsionou contra mim, entrou, gemi. Fomos pro canto do box, me estocou profundo e rápido, suspirando contra meu ouvido, eu quase gritando no seu. Ele me segurava pelas pernas, e se movia frenético, eu não conseguia pensar em nada além da maldita e prazerosa dor. Andy parecia concentrado, na verdade parecia um profissional.

ㅡ Shhh... ㅡ Ele disse, me acariciando os cabelos. ㅡ Você é perfeito pra mim... ㅡ Me beijou no pescoço. Fiz umas caretas. Nos sentamos na louça sanitária, dei um gemido, ele conseguiu tocar minha próstata.

ㅡ Você é apertadinho. ㅡ Ele disse suspirando, mais ele alcançava o fundo de mim, mais eu gemia, mais eu queria ficar ali com ele. Fechei meus olhos. Suas mãos atravessaram meu quadril até chegar em meu membro. ㅡ Essa é a verdadeira diversão. ㅡ Apertou, com delicadeza, brincou por alguns segundos, me fazendo delirar por ele.

O senti tão ereto quanto o de Andy dentro de mim. Meus neurônios fervilhavam, mordi meus lábios, ele começou a me estimular rápidamente. Minhas mãos se retorciam, parecia estar mais perto do limite. Gemi, grunhi, suspirei, xinguei muito.

ㅡ Se divirta... ㅡ Ele suspirou, com alguns minutos, cheguei lá, ele beijou meu ombro, continuou a apertar e a brincar com ele. Senti seu rosto compressar no meu pescoço, seus movimentos foram perdendo velocidade até parar. Senti algo quente me preencher. Andy tinha chegado lá também. Assim permanecemos por segundos, ele parecia exausto, talvez isso desgastasse energias. ㅡ Vamos embora? ㅡ Ele disse rindo, como se fosse bem comum pra ele.

ㅡ ... Nunca vou esquecer o que fizemos aqui... ㅡ Eu disse, ele pegou meu queixo me beijando. A maquiagem dele estava horrível, meu cabelo um ninho... Mas eu estava me sentindo vivo. Ele me tirou de cima dele, nos vestimos rápidamente, saímos sem querer chamar muita atenção. O vi pegar muito pouco preocupado um cigarro do bolso. ㅡ Você ainda fuma. ㅡ Eu disse, sorrindo bobo, ele riu irônico me puxando pela mão.

[ ... ]

ㅡ Isso me deixa confortável, você não mudou totalmente. ㅡ Ele sorriu para os sapatos.

ㅡ Onde acha que estão agora?

ㅡ Hah... Eu não sei, provavelmente no inferno. ㅡ Eu disse irritado. ㅡ Andy subiu pelo meio-fio da rua.

ㅡ Falando assim até parece que é cruel. ㅡ Me fez rir. ㅡ Porque adiou tanto a sua primeira vez?!

ㅡ Não sei. ㅡ Guardei ela pra você, bobo. ㅡ Não me sentia pronto... E nem seguro com outra... Pessoa. ㅡ Andy me olhou duvidoso.

ㅡ Então... ㅡ Ele disse suspirando.

ㅡ É aqui que você dobra? ㅡ Ele riu perfeitamente. Acenou um tchau breve, o vi sumir pela mesma rua. ㅡ Boa noite, Andy.

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