Cap. 52

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Penúltimo Capítulo

Eles se pegaram bem ali mesmo, Jake começou a ofegar, Jinxx pôs as mãos em seu quadril.
- Opa, demonstração de carinho explícito demais!! - Eu disse fugindo dali com a mala do Troye.

- Quer tomar banho? - Eu perguntei já no quarto, ele estava remexendo algumas coisas.
- O que é isso? - Perguntou apontando alguma coisa constrangedora.
- Sabe... É que... Eu só saía com meninas... Eu ficava meio... Carente... Ah, joga isso fora. - Eu tomei o "brinquedo" pra mim.
- E isso? São os telefones delas? Edward não parece ser mulher.
- Ele é meu personal. Olha, isso são coisas do passado, não se preocupa com isso. - Eu disse um pouco constrangido.
- Claro que vou me preocupar, você é muito assediado nos shows. - Ele disse com uma sobrancelha levantada.
- Não sinta ciúmes das minhas fãs, faz parte de ser um artista. Quer tomar banho? - Perguntei de novo.
- Andy Biersack... Eu mato qualquer uma que der em cima de você e arranco seu precioso se eu souber que ficou com alguma. - Arregalei meu olhar. - É melhor treinar sua abstinência. E eu te amo. - Revirei meu olhar, não importava, por ele eu faria qualquer sacrifício. Ash me diria a mesma coisa. Eu tinha que me dedicar a uma só pessoa, meu Troye. O puxei para o banheiro e tomamos um bom banho.

Depois que Troye se mudou para minha casa em Los Angeles, tudo ficou mais lindo, mais divertido, mais colorido. De repente eu me empenhava mais, tratava meus colegas com respeito, eu me sentia ser super. É engraçado como a gente muda por uma pessoa. Mas pela pessoa certa. Eu consigo olhar pra garotas muito bonitas e não imaginar como seria acordar do lado delas. Agora sorrir ficou muito mais frequente nas minhas expressões. Em vez de compor com dor, eu componho com felicidade. Troye é meu antídoto. Eu sempre o amarei. Vão ficar feliz de saber que Jinxx e Jake vivem se pegando. Eles desfrutam de um amor puro e verdadeiro, como o nosso... Jinxx continua sendo mal humorado, mas ele fala mais na presença do Jake, sempre puro, doce e com um sorriso divino. Ash e CC conseguiram duas namoradas incríveis, dignas de casamento... Mas creio eu que se pegam as escondidas, eles se completam. Não acharia má ideia. Alessia virou a princesinha da casa. Todo mundo faz suas vontades. Cada dia ela treina uma entrevista com a gente, apesar de já saber de tudo sobre nós. Só faltava uma coisa pra minha vida estar repáginada.

Toquei a campainha com determinação. Troye estava ao meu lado, agarrando forte minha mão. Ela abriu a porta totalmente chocada. Eu ainda estava chocado, fazia muito tempo... Palavras não conseguiram sair, ela me abraçou com lágrimas nos olhos, retribuí com um pouco de esforço. Troye continuava lá me dando apoio.
- Mamãe... - Sussurrei nos desgrudando, foquei o azul do seu olhar.
- Meu filho, a quanto tempo eu não te vejo!! Saiu de casa era um garoto... - Me abraçou de novo.
- Me desculpa, mãe. - Ela me puxou pra dentro. - Lembra do Troye?
- Você?! - Ela apontou. - Cara, você é um idiota, você fez meu menino fugir! - Ri convencido, Troye revirou o olhar.
- Tá tudo bem entre a gente, mãe.
- Andrew?! - Meu pai disse, dei uma olhada, ele estava velhinho... E cego. - Meu filho, Andrew?!! - Não consegui segurar minhas lágrimas.
- Pai?! Sou eu sim... - Fui até sua poltrona, o abraçei. - Oh pai... Eu senti sua falta, senti falta da mamãe...
- Ficamos muito preocupados depois que você saiu, filho.
- Hum... Então como ele sabe que ainda estão particularmente aqui? - Troye disse.
- Hah, nós vimos ele na Tv e decidimos ir atrás do nosso filho. Mas nós sabíamos que ele nunca aceitaria a gente de novo. Ele nunca vem aqui... Ajuda mandando dinheiro suficiente pra gente, e eu sou muito agradecida, mesmo, você salvou a nossa vida, Andy. Mas eu sempre tenho aquela sensação... De que meu filho está voltando pra casa... E ele não está.
- Eu tenho 25 anos agora, mãe e pai.
- Sei. Conseguiu desbravar o mundo cedo sem a ajuda de ninguém... Me desculpa por te tratar daquele jeito, filho. A culpa foi minha, eu abusava muito... Mas eu só queria te proteger do mundo. Você era frágil, apesar de ignorante. - Meu pai disse.
- Desde pequeno?! - Troye disse.
- Sim. Tive que prendê-lo com 4 anos, porque ele estava mordendo os coleguinhas da creche. E toda vez que o soltava... Ele fazia alguma arte.
- Minha nossa... - Eu fiquei chocado.
- Andrew, esse menino aqui, ele era muito danado, impossível. Eu tinha medo do mundo não saber lidar com ele... Ele soube lidar com o mundo. E eu fico feliz com isso.
- Mas depois eu cresci... Eu fiquei melhor, porque continuaram me prendendo?!
- Quando você tinha 11 anos, você atacou sua prima com muita brutalidade. Você queria ficar perto do seu pai, um tirano, o tempo todo. Isso se tornava uma má influência para uma criança, impressionada como você. - Ela disse. - Por isso que ele saiu... Queriamos te ensinar o que era certo, filho.
- Prisão domicilar é crime. - Eu disse me afastando do meu pai.
- Eu como tirano sei bem disso... E concordamos se você não quiser nos perdoar. É o nosso único filho e eramos inexperientes.
- Não... Eu vim fazer isso, pai. Eu perdoo vocês. - Agarrei as mãos do meu pai. - Me desculpa mesmo, ter sumido esse tempo todo... Eu amo vocês.
- Nós também te amamos, filho... - Minha mãe me abraçou, juntos voltamos a ser uma família, unidos por amor e não por correntes. Puxei Troye, afinal ele fazia parte da família também.

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