Living a dream

Crossed the line

    Eu dormir por muito tempo, não sei ao certo. Acordei quando a Lisa entrou toda radiante no quarto. Não sei porque, mas estava cansada da Lisa, ela sempre foi minha melhor amiga, mas agora sinto que ela não está servindo pra nada, ela só sabe brigar comigo e me julgar, nesses 8 dias ela nunca me abraçou quando eu chorei de dor, ela sempre esfregava na minha cara o fato de eu esta sofrendo no hospital, e nunca me fazia companhia, apenas a noite, e sinceramente com ela ou sem ela è a mesma coisa, ela fica no canto oposto da minha cama lendo seus livros, sequer ergue a cabeça para ver se eu estou bem ou não, se estou viva ou morta. Eu a amo, mas estava cansada dela.
     -Como você está hoje?
     Eu estava tão cansada, e aquela situação já me estressava a muito tempo, eu precisava apenas de um descanso, mas eu explodi com a Lisa, eu não aguentava mais.
    - Nossa que bom saber que ainda se importa. Porque parece que nesses 8 dias você só veio aqui para se pegar de santa.
    - Como è que è?
    - È isso mesmo que você ouviu, quer saber de mais uma coisa, não precisa mas gastar seu precioso tempo fingindo que vem me ver, pode ir pra casa, e não volte aqui de novo. Porque essa sua companhia fajuta, è desnecessária para mim.
    - Se você acha que fica melhor assim- Seu rosto e sua voz expressavam raiva, seus olhos marejavam, mas como sempre que a gente brigava, ela segurou o choro pegou sua bolsa e saiu o mais rápido que conseguiu.
    Parei, como os de Lisa meu olhos também marejavam, mas não queria chorar, porque afinal, a escolha de espulsa-la tinha sido minha. Por incrível que pareça, não me arrependia, e estava disposta a fazer o mesmo com qualquer uma que passasse por aquela porta.
    Olhei pela a janela e já era dia, talvez tivesse dormido a noite toda. Eu estava com muita raiva e tinha certeza que fuzilaria qualquer um que eu visse e o sorteado da vez tinha sido o Matty.
     Ele entrou daquele jeito estupido que sempre entrava. Se escorou no vidro se apoiando com seu pé e teu três batidas de leve na porta, sorrindo, isso sempre alegrava meu dia, mas não naquele. Para continuar seu ritual estupido ele disse:
     - Iai como a marrentinha está hoje?
- Matheus eu realmente não estou nem um pouco afim disso hoje- ele endireitou a postura e me encarou, já não tinha mais certeza do que estava fazendo, mas tinha que terminar o que comecei- Eu só quero ficar sozinha, entendeu? Sozinha. Vocês só me estressam, você, os médicos, minha mãe e principalmente a Lisa. Então por favor faça como ela é desista de mim de uma vez por todas, vá embora e para de fingir que se importa.
Eu estava com tanta raiva que não tinha percebido que ele tinha trago rosas para mim naquele dia.
- Então acho que não preciso mais disso- Ele disse enquanto jogava as rosas no chão, em seguida saiu bufando.