Num certo dia, amanheci afogueada e com o corpo quente. Como o único médico da Saracena estava longe da aldeia naquela manhã, minha avó, aflita, mandou chamar o padre que vinha uma vez por semana celebrar o santo sacrifício da missa e que morava no convento, lá perto do cemitério e do chafariz dos burros. E santo sacrificio foi mesmo aquele: ele ter de vir atender uma menina com febre, em lugar do médico. Mas, como o doutor, às vezes, na Saracena, também fazia o papel de dentista e até de padre conselheiro, estava tudo certo...
Homem muito caridoso e muito amigo de minha avó, ao descobrir as manchas vermelhas do meu rosto e do meu corpo, ele diagnosticou:
- Está é uma doença que dá em crianças e exige muitos cuidados, senhora Catarina. - É recomendou: - Muito repouso, nada de vento, nada de Sol. E muito leite de cabra.
Agora eu sabia que estava realmente doente. Pois, na minha aldeia, só tomava leite de cabra - aquelas cabrinhas com os pescoços cheios de pequenos sinos, arrastadas pelo cabreiro todos os dias pela encosta das ladeiras - quem estavam precisando recobrar as forças e a saúde.27
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Olá, tudo bem? Bom dia!
Primeiramente, quero me desculpar pelo sumiço, fiquei muito tempo sem postar.
Quero lembrar também que eu posto página por página. Tava pensando em postar por capítulo (um capítulo por dia) mas como eu já comecei assim, acho que vou até o fim.
Mas se vocês quiserem capítulo por capítulo é só falar.
Bom, é isso. Espero que tenham gostado, comentem se puder. Beijos...
Daqui a algumas horas, postarei outra página.
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A Menina Que Fez A América
Short StorySaracena, Itália, final do século XIX. Pequenas aldeias de camponeses e artesão. Seus sonhos: sótãos repletos de alimento para o próximo inverno. O cotidiano interrompido pelos dias santos e festas populares. Aqui e assim viveu Fortunatella. Morre...