Na minha aldeia, os que tinham um pouco mais de dinheiro eram pequenos proprietários de terras lá nos campos de Zoccalia. Era aí que se viam a generosa oliveiras, que davam as azeitonas responsáveis pelo azeite que corria sobre as mesas. Era aí que se viam os vinhedos, de onde se apanhavam os cachos das uvas que iam fazer vinho para aquecer o corpo das pessoas nos tempos de frio. E era aí que estavam os trigais, que forneciam as espigas que o moinho ai converter em farinha para o pão de cada dia. As nogueiras, as amendoeiras, as aveleiras e todas aquelas árvores que davam frutos duros, oleosos, que se podiam reservar para os meses de inverno, essas ficavam nas longe, na encosta dos morros.
Os que não tinham terras, na Saracena, eram trabalhadores do campo, mulheres e homens, camponeses que ajudavam os proprietários a semear, a colher e a separar os frutos semeados e colhidos. Gente que saía de madrugada de suas humildes casas de pedra e que só voltava ao anoitecer, com a pele curtida de sol e as mãos cheias de
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A Menina Que Fez A América
Cerita PendekSaracena, Itália, final do século XIX. Pequenas aldeias de camponeses e artesão. Seus sonhos: sótãos repletos de alimento para o próximo inverno. O cotidiano interrompido pelos dias santos e festas populares. Aqui e assim viveu Fortunatella. Morre...