- eu sei gente, vamos esquecer isso ta? Mas e como anda as coisas com o gatinho do Guilherme e você Madu? – disse ansiosa para mudar o alvo do assunto.
- Há Lali você sabe que nunca existiu Guilherme e eu, não consigo entende aquele garoto – disse ela cabisbaixa – às vezes ele demonstra interesse, mas em outros ele simplesmente age como se eu nem existisse. Não sei mais o que fazer Lali, ai quero morrer – viu como não sou a única dramática.
- Poxa Madu, você conhece esse garoto a quanto tempo? – perguntei
- Duas semanas
- E esta nesse desespero todo? – perguntou o Ber assustado.
- Há Bernardo você sabe que quando gosto de alguém eu fico assim – realmente, a Madu quando se apaixona sai de baixo porque ela realmente se entrega – eu tento, mas não consigo ser diferente – diz se jogando na minha cama.
De nos todas a Madu e eu somos a que mais "sofremos" por amor não correspondido, Madu vive um amor platônico a duas semanas, o garoto é lindo, tenho que admitir,mas o tanto que tem de lindo tem de mongo, a Madu diz que ele não á suporta mas acho que é apenas timidez, afinal as coisas andam muito recente.
Enquanto uns amam intensamente eu simplesmente não amo ninguém. Claro que isso acaba comigo, mas meu amigos dizem que é a melhor coisa, mas na verdade não é, sinto falta de algo, sinto um vazio, queria amar novamente.
Sim, eu já amei, mas esse amor não foi recíproco, e o que mais me machucou não foi o fato dele não demonstrar esse mesmo amor, mas sim, minha melhor amiga, quer dizer, quem eu achava ser minha melhor amiga, namorar com ele escondida sabendo que eu era apaixonada por ele, e quando fui perguntar o porque dela não ter contado, ela simplesmente me disse que aconteceu. Depois disso já gostei de outro, mas nunca mais amei alguém de verdade, a Lu e a Fer acham que é besteira minha, que eu deveria me arriscar em outro amor, mas o que eu posso fazer? Afinal não tem como mandar no coração.
Depois de assaltar minha geladeira inteira, a Madu e o Ber foram embora, já que estava ficando tarde e amanhã teríamos aula cedo. Depois de levar toda a bagunça pra cozinha e me arrumar pra dormir, fui ler meu livro, o único problema de eu ler livros é que eu começo a me imaginar na cena, o que eu faria, como reagiria a tal situação, sim parece ser meio bobo, mas acaba meio que sendo involuntário, me envolvo por completa.
Acordo as 06h00min da manhã, como sempre me arrependo de ter dormido muito tarde, mas levanto tomo banho e vou para meu maior sacrifício – que roupa eu vou hoje? Escolho uma calça jeans, uma camisetinha mas larga para poder disfarçar a barriga e um tênis, deixo o cabelo solto mesmo, como fiz progressiva recentemente não preciso ter um cuidado maior com ele.
- Laís! Vai logo vamos chegar atrasado de novo – como sempre o Bernardo veio me chamar
- To descendo Ber, só um minuto – Grito da janela do meu quarto
Termino de passar perfume e desço correndo, fecho a porta e vamos "naquela" velocidade para escola. Ber me conta sobre seu novo peguete, como minha rotina diária é escola e casa não tenho nada para falar, serio não faço nada, além disso.
Chego na escola faltando um minuto para tocar o sinal (novidade),vou direto pra sala e sento no meu lugar favorito no fundão. Não sou a bagunceira da turma mas também não sou a CDF, sento no fundo pra não ficar tendo aquelas "brincadeirinhas" de que eu to na frente. Ber sempre sentou ao meu lado, na minha frente Madu, Fer e lu, na frente do Ber costuma sempre ficar vazio ai aproveitamos e colocamos todas as nossas bolsas, ai fica aquela favela toda, mas nem ligamos, quem liga no ultimo ano?
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Por Medo de Amar
RomanceLaís, uma garota de 17 anos, esta no ultimo ano do ensino médio, 1,63 de altura, pais super protetores e acima do peso. Por ser gordinha e muitas vezes ser desprezada, Láis prefere ficar fechada em seu mundinho e só sai quando os loucos dos seus am...