Por Medo de Amar

Capítulo 27

Ficamos conversando com meus pais por um tempo, meu pai ficou super preocupado quando viu a bota no meu pé, mas depois que o Miguel explicou toda a situação ele acabou se acalmando.
Meu pai sempre foi ciumento comigo, mesmo não tendo motivo para isso já que nunca me relacionei com ninguém, mas com o Miguel está sendo diferente, que eu saiba ele nunca tinha visto nos dois se beijando ou algo do tipo, mas esta mais do que na cara que estamos tendo algo. A primeira vez que meu pai nos viu juntos foi duas semanas depois que voltamos do acampamento,  eu estava em casa assistindo filme a tarde, estava uma chuva muito forte, meu pai tinha acabado de me ligar pra saber como eu estava, como tenho medo de ficar sozinha quando esta chovendo forte ele sempre me liga, disse que estava tudo bem que ele poderia ficar tranquilo, desliguei e voltei a atenção ao filme, mas em seguida meu celular apita anunciando uma mensagem, pensei que fosse minha mãe também  como eu estava, mas era mensagem do Miguel.

-Curtindo a Chuvinha?

- CHUVINHA? Isso é uma tempestade.

- Que exagero Laís kkk  Já Já  passa.

- Tomara, como eu odeio essa chuva toda

- Isso tudo é medo dona Laís  (emoticon com duvida)

- Sim, eu tenho medo!! (Emoticon se raiva)

- kkkk ai Laís

- Não ri dos medos das pessoas Miguel.

Como ele não me respondeu mais continuei com meu filme, depois de exatos 5 minutos ouço a companhia, me levanto e vou até a porta ao abri-la me deparo com o Miguel com um saco na mão e o guarda chuva em outra e um sorriso maravilhoso.
- Menino o que veio fazer aqui nessa chuva - disse correndo para abrir o portão.
- Não ia te deixar aqui sozinha e com medo - disse entrando.
- Nossa não precisava Mi - disse entrando - me da seu moletom vou colocar na secadora.
Ele tirou tirou e me entregou, enquanto colocava na secadora não deu para me controlar o cheiro que vinha dela era maravilhoso, uma mistura do seu perfume ( que acabou se tornando o meu preferido) e o seu próprio cheiro.
Depois de programar a secadora, voltei para sala e ele estava sentado assistindo o filme que eu havia começado.
- Pronto, ja ja esta sequinha - disse me sentando ao seu lado.
- vamos assistir o que ? - disse me olhando.
- Eu já estou assistindo esse - disse
- Ah não, esse filme não da pra assisti - disse fazendo careta. 
- Como você é chato - disse revirando os olhos - tem um filmes ali, escolhe lá - Ele se levantou e ficou procurando.
-  Eu trouxe pipoca doce, faz pra nós- disse me lançando um olhar de dó.
- Ai que dó de você  - disse rindo - vou lá fazer.  - peguei a sacolinha que ele tinha trago e fui fazer a pipoca enquanto ele procurava o filme, enquanto preparava ficava cantarolando, quando já estava colocando a pipoca na  vasilha  sinto me abrançando por trás e encostando o queixo em meu ombro, como ainda não estava acostumada com essa aproximação acabo me assustando um pouco.
- O cheiro esta bom - disse próximo demais - Já escolhi o filme, vamos lá?
- Claro, já esta pronto - disse com certa dificuldade pela aproximação.
Fomos para sala sentando um do lado do outro e ele dá o Play no filme, estávamos comendo a pipoca enquanto o filme iniciava até  que ..
- AH NÃO MIGUEL!!!
- o que foi?? - perguntou assustado
- Poxa Miguel, já esta uma puta chuva lá fora que  já me da um mega medo e você  ainda escolhe filme de terror - disse ficando emburrada.
- Esse é fraquinho, pode ficar tranquila EU ESTOU AQUI! - disse todo cheio de si.
- Ta bom meu Super Man - disse rindo
- Então vamos assistir, deita aqui minha Lois  Lane - disse apontando para seu peito.
Depois de tanta relutância deitei em seu peito e ficamos assistindo, quando tinha cenas fortes me escolhia  e escondia o rosto em seu peito e quando ele me abraçava mais forte, e pelo modo em que seu peito reagia acredito que ele ria. Quando estava quase acabando o filme ouvimos um trovão forte e com isso a luz acabada, a única reação que tive foi me agarrar mais forte a ele.
- Ainda bem que você veio. - disse ainda me agarrada a ele.
- Vou sempre estar aqui quando você precisar - disse depositando um beijo na minha cabeça. Sinto ele se me mexer um pouco e acabo me levantado.
- Desculpa, estava pesada né?
- Claro que não Laís - pelo tom de sua voz estava nervoso - eu só ia pegar meu celular pra clarear um pouco, da pra parar de sempre falar do seu peso? Poxa você sabe que pra mim você é perfeita. - ainda bem que estava escuro.
- Desculpa, mas ainda é meio difícil pra mim.
- Eu gosto de você assim, do jeitinho que você é -sinto suas mãos em minha cintura, ele vai se aproximando um pouco e quando vai me beijar.
- Mi esse é meu nariz -digo rindo. Com uma das mãos ele vai tateando até encontrar minha boca.
-Agora sim - em meio aos risos nos beijamos, ficamos nos beijando até meu celular tocar, Miguel o pega e me entrega.

Alô!

...

Acabou sim mãe.

...

Tudo bem, o Miguel esta aqui comigo.

...

Okay mãe, beijos

- É melhor eu ir embora, seu pai pode não gostar de eu estar aqui com você no escuro.
- Você nem ouse ir embora e me deixar aqui sozinha, vai que um doido entra aqui. - disse fazendo manha
- Ta bom, não vou te deixar sozinha.
Ficamos conversando as vezes rolava uns beijos, até que a chuva deu uma diminuída e a luz voltou, mas mesmo assim o miguel ficou, depois uns trinta minutos meus pais chegaram, de início meu pai ficou meio serio, mas depois até que foi relaxando, minha mãe fez o miguel ficar para jantar ele ficou meio sem jeito mas aceitou, o jantar foi bem descontraído, não sei se minha mãe disse alguma coisa pro meu pai, mas ele tratou muito bem o miguel. Depois do jantar
Ficamos mais um tempo conversando, mas o miguel resolveu ir embora. Fui com ele até o portão e nos despedimos com um ótimo beijo.
Entrei em casa, meus pais não comentaram nada o que eu agradeci imensamente, fui direto para o meu quarto.
Depois de um tempo minha mãe entra no quarto. 
- Filha essa blusa estava na secadora - disse mostrando a blusa do Miguel.
- Ah mãe é do Miguel, na hora que ele veio estava chovendo muito, então coloquei pra secar - me expliquei
- Tudo bem, vou deixar aqui pra você devolver.
- Obrigada mãe. - e ela saiu.
Tentei me segurar mas não deu, levantei da cama e fui pegar a blusa, ainda estava com o cheiro dele então sem pensar muito peguei a blusa e dormi com ela, sentindo como se ele estivesse ali comigo, desde aquele dia nas noites frias aquela blusa me fazia companhia, não tive coragem de devolver e acredito que ele nem se lembra mais.