Controlo

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Sempre me achei uma pessoa controlada. Eu tinha o controle da minha vida e possuía a minha exclusiva independência. Por isso é que não entendia como é que era possível eu sentir-me tão desnorteada na minha própria história, sendo que era eu a protagonista!

Conheci o Kevin no hospital. Já tinha previsto que iria conhecer gente nova, homens novos e consequentemente, o meu príncipe encantado. Então... não é como se eu tivesse sido surpreendida quando ele me pediu em namoro e, mais tarde, em casamento. Eu sabia que ele era a pessoa que eu mais amava, a minha alma gémea, o meu homem dos sonhos ou o que quer que lhe queiram chamar. É o que eu digo. Eu já sabia o meu futuro.

É claro que não sabia que teria tanta sorte. Que além do amor, encontraria nele uma verdadeira amizade e um acompanhante de aventuras, mas isso veio por acréscimo.

Olhando para trás, acho que me posso considerar uma mulher sortuda. Apesar das infelicidades da vida, tive uma mãe amorosa, um emprego maravilhoso e o melhor casamento que podia desejar.

Pelo que, também sei admitir ser uma pessoa egoísta. Podia ter todas as oportunidades que o mundo me ofereceria, que mesmo assim eu nunca ficaria satisfeita.

Eu não me separei do Kevin por ser estéril. Há imensas mulheres a passar pelo mesmo e elas convivem com isso. E claro que teria imensas opções à minha disposição. Eu poderia ter escolhido adotar uma criança com o Kevin. No entanto, isso não me passou pela cabeça.

Desde o momento que soube que era estéril que a decisão já estava tomada. Eu amava o Kevin, mas acho que com o passar dos anos eu deixei de gostar dele. Ele era um homem atraente e o sexo entre nós era maravilhoso, mas acho que simplesmente cheguei à conclusão de que não era correto estarmos juntos. Ainda o amava. Claro que sim. Acho que ainda hoje o amo e que preciso dele. Mas se eu estava com dúvidas da nossa relação, será que eu o escolheria acima de todas as coisas?

Para eu e o Kevin termos uma relação firme e segura, teríamos de nos escolher mutuamente, todos os dias. Descobrir um ao outro nos mais pequenos gestos e acho que a rotina acabou por desgastar o nosso casamento.

Sempre fui da opinião que temos de escolher a nós próprios em primeiro lugar. E ali não era diferente. Custou tomar essa decisão, acabar com anos e anos de projectos em comum, mas finalmente, não me arrependo. Sempre disse que não voltaria para ele. Porque a verdade é que as dúvidas nunca desapareceram! E será que se eu o amasse tanto assim, se eu o amasse como ele merecia, eu me teria questionado sobre o nosso futuro?

Se havia algo que eu tinha aprendido, era a facilidade com que se perde tudo aquilo que se pensa que será para sempre.

Mas no fim de tudo, era eu que controlava a minha vida. Porque será que agora não me sinto assim?

Oi,oi corujinhas!!

O capítulo de hoje é só isto! Eu sei que é pouquinho e que nem dá para matar a saudade, mas foi o que tava previsto!

Quero ver as vossas opiniões aí nos comentários! O que acham que tá a acontecer com a vida da nossa Katherine? Qual será a verdadeira razão para ela ter terminado a sua relação de anos com a pessoa que amava? Apoiam o recomeço da relação? Acham que o Kevin devia vir ao Havai? Ou a Kate à Inglaterra?? Ainda há aí fãs de #keka??

Parecendo que não, este capítulo também tocou bastante ao de leve, nos sentimentos da nossa quarentona pelo Jonathan... Parece que ele lhe está a destruir todas as barreiras?? Quanto tempo ela conseguirá aguentar até ele lhe invadir o coração??

É só isto minha gente! 

Até breve,

C.

FROM KATEOnde histórias criam vida. Descubra agora