Saga: Os Selecionados - Caçada Mortal - Livro #2 (EM REVISÃO)

Capítulo I - Não se Atrase

Meu coração estava acelerado, minha respiração estava ofegante, meus pés estavam latejando. Um pacote completo de uma garota em desespero.

Tom me pedia calma o tempo todo, estávamos saindo da CA. O ar do lado de fora estava gelado. Não tinha sido difícil sair de lá, enquanto andávamos pelos corredores ele desligava as câmeras usando seu poder, não sabia que ele era capaz de fazer isso, mas era uma coisa muito óbvia já que ele podia controlar a eletricidade. Ninguém iria desconfiar, iriam achar que foi uma pequena falha nas câmeras, quando descobrirem que tínhamos fugido já vamos estar longe, mais precisamente em Amsterdã.

Enquanto eu estava fora com Josh, interrogando meu irmão, Tom já havia preparado tudo. Primeiro iríamos de táxi até o aeroporto, ele iria comprar nossas passagens, quando tudo já estivesse feito. Ele iria dar uma pequena carga de choque no computador, fazendo o HD da rede pifar totalmente, dessa forma ninguém iria saber nosso destino. Ele também iria desligar todas as câmeras que nos filmassem, isso iria deixar todos sem saber o que aconteceu conosco, e provavelmente atrasaria nosso voo, mas não adiaria e vai nos dar certo fôlego em relação a CA.

Chegamos ao aeroporto ás 21h:15min, estava um pouco movimentado, afinal, era o aeroporto internacional de Nova York. Tom já estava colocando seu plano de desligar as câmeras em ação, eu só sabia por que sentia o poder emanando de dentro dele, um poder interessante e também perigoso. A compra das passagens foi rápida, eu achava que Tom iria dar o choque no computador naquele momento, mas ele explicou que isso não funcionaria provavelmente o voo seria cancelado iriam achar que era ataque terrorista, então ele apenas plantou a descarga no computador e deixou-a de algum jeito compactada e quando algum atendente tentasse acionar alguma coisa naquele computador, o HD fritaria e com isso já estaríamos provavelmente no ar. Excelente plano.

Já estávamos no ar, olhei pela janela e a cidade já estava minúscula, aparecendo entre uma hora e outra abaixo das nuvens escuras, olhei para o meu lado e o peguei me encarando, rapidamente ele abriu um sorriso fraco no rosto.

— Você está linda. Eu sorri de volta, mas eu sabia que eu com certeza não estava linda, porque a minha alma não estava, muito pelo contrario. Ela estava triste e amargurada.

— O que faremos quando o avião aterrissar? — Perguntou ele segurando em minhas mãos. A sensação amenizava um pouco a dor que estava dentro de mim, por isso não removi a mão dele de perto das minhas.

— Eu não sei. — Limitei-me a dizer. Eu não sabia nem por onde começar, em outro momento eu estaria me chamando de louca, por esta viajando para outro país só por que recebi um bilhete que dizia que alguém queria me encontrar e que podia trazer a minha melhor amiga de volta. Mas agora o momento era esse, um bilhete mágico apareceu na minha porta, falando que poderiam trazer minha melhor amiga que estava morta a menos de uma semana de volta a vida, sem dúvidas eu iria atravessar o mundo atrás da pessoa responsável pelos bilhetes.

— Lilly, chegamos — Estava ouvindo a voz de Tom lá no fundo da minha mente. Abri um dos olhos, e verifiquei que o avião estava movimentado, os passageiros estavam pegando suas coisas e descendo do avião, bocejei e olhei para fora, ainda estava no começo da noite. Depois que descemos do avião olhamos alguns panfletos para turistas, tinha alguns hotéis baratos, então decidimos que iríamos pegar um que ficava na Rua HigsPirre, pelo o que dizia no panfleto era um hotel calmo e barato. Excelente.

Não demorou muito e já estávamos na frente de um hotel alto, a fachada do hotel era revestido de azulejos brancos com lâmpadas ao lado das janelas mais altas, algumas estavam com a luz ligada, pelo visto tinha bastante gente hospedada ali. Entramos no hotel e fomos recebidos por uma recepcionista alegre. Tínhamos o direito de escolher como fazer nosso check-in, optamos por pagar em dinheiro, pelo menos no momento. Deixamos pago por cinco dias e subimos para quarto. Eu não sabia de onde Tom tirava tanto dinheiro, mas eu não queria me preocupar com isso.