Saga: Os Selecionados - Caçada Mortal - Livro #2 (EM REVISÃO)

Capítulo VI - Encontramos

Estávamos andando há muito tempo em volta daquela floresta. Emma nos guiava pelo lugar, lá era uma floresta aparentemente normal, cheia de árvores e tinha até um rio que cortava o lugar, eu não entendia por que o nome era floresta negra, acho que deve ser por que aqui é tudo mágico.

— Esse Lugar representa muito sofrimento para o meu povo, quase fomos extintos depois do ataque a nossa alteia. Nossas anciãs morreram todas. Ficamos sem liderança depois dessa chacina, meu povo levou um século para se levantar e criar aquela comunidade lá embaixo do nariz de todos. Foi ali que criaram a linhagem suprema. A minha mãe era a única filha de anciã que estava viva, mas ela era muito nova.

— Quando aconteceu essa chacina? — Perguntei, eu conseguia sentir a dor na voz de Emma.

— Em 1700 mais ou menos.

— Mas isso faz mais de 300 anos. Tom falou.

— Eu sei. Falou ela com a voz fraca. — Minha mãe tem 400 anos.

— 400 anos? — Perguntei assustada. E ela sorriu.

— O tempo de vida de uma bruxa é diferente do tempo de vida dos humanos e dos seres sobrenaturais, vocês são muito mais humanos que a gente. Nada com a magia é convencional.

— Isso é muito sinistro. Eu disse admirada.

— Como sua mãe foi escolhida para ser a suprema? — Tom perguntou intrigado.

— Ela era filha de uma das antigas anciãs e era muito poderosa mesmo ainda nova. Além disso, o conselho dos magos negros a escolheram.

— Isso está ficando cada vez mais estranho. Tom falou.

— O que é esse conselho de magos negros? — Falei passando a mão sobre meus cabelos.

— Eles vivem em um mundo paralelo a esse. Tudo isso só é possível com magia, mas a magia dele é uma magia diferente da nossa, é uma magia negra. A nossa magia é da natureza, do poder dos Deuses antigos, a dele é algo mais sombrio, feita com sacrifícios, porém é uma magia muito mais poderosa, por isso ela conseguem viver em um mundo paralelo e com isso é impossível a CA os encontrar. O nosso povo é amigo de magia há séculos e assim foi formado o conselho, com o lideres deles e as nossas anciãs, por isso a autonomia de escolher a nossa suprema. Hoje em dia esse conselho é feito pela diretoria mágica da nossa comunidade, pela suprema, e pelo rei dos magos. Nunca queira ser inimigo de um mago, ele está em tudo, sabe de tudo e tem poder para destruir tudo.

— Por que eles não acabam com a CA? — Perguntei.

— Por que tudo na magia tem um preço, até a magia negra. Eles são poucos e isso custaria muita magia e talvez a vida de alguns. Além disso, tem as bruxas e magos sem causa, que não aceitaram a hierarquia e nem viver escondidos da população. Eles também usam a magia negra, mas sem treinamento algum, o que é muito perigoso para esse mundo e para o mundo paralelo dos magos, o maior objetivo os magos negros é exterminar todos esses series sem causa para que não usem a magia negra em vão, e assim conservar o que restou dos magos.

—Tudo muito confuso. Falei por fim.

— É só ficar longe deles que está tudo certo.

A conversa tinha durado mais do que eu pensei, aquele lugar apesar de lindo começou a ficar melancólico demais, eu queria ir embora dali o mais rápido possível. Emma tentava encontrar a tal pedra sem usar os seus poderes, mas eu notava nela a dificuldade.

— Preciso de um feitiço de localização.

— Mas vão te localizar com isso. Tom falou preocupado.

— Antigamente isso era fácil, agora não mais, só precisamos de uma distração. Você é elétrico não é? — Tom apenas balançou a cabeça positivamente.

— Solte seu raio mais poderoso ao céu por apenas um minuto, contado no relógio. Isso vai camuflar o meu feitiço e eu encontrarei a pedra.

— Meu raio é muito poderoso para soltar assim. — Emma sorriu ao ouvir Tom.

— Essa é a intenção. Emma pegou uma folha marrom com cara de pergaminho em sua bolsa e colocou no chão, ela se sentou de pernas cruzadas em frente à folha, suspirou.

— Agora! — Ela gritou para Tom que imediatamente ergueu sua mão para o céu e de repente dela saiu um raio roxo assustador, ele estava concentrado demais em suas mãos e do que saia delas. Então Emma começou a falar:

— dilexit naturae auxilio magicae invenire quod perierat.

Ela não parava de repetir isso, até que de repente uma luz verde veio sobre o papel que estava á frente da garota.

— Chega. Está feito. Tom imediatamente parou de soltar o seu raio roxo para o céu, assim que olhei sobre aquela folha com cara de pergaminho, tinha um mapa. Eu não sabia ler aquele mapa, mas pelo sorriso de Emma parecia que estava tudo sobre seu controle. Andamos por cerca de 5 km naquela floresta até que chegamos a um lugar com muitas pedras, Emma se abaixou e tentou erguer uma pedra gigantesca, Tom foi ao seu auxilio e a ajudou a erguer aquela pedra. Embaixo dela tinha uma espécie de joia azul, parecia uma pedra preciosa.

— Encontramos. Falou ela maravilhada olhando para aquela pedra. Ela então se abaixou pegou a pedra e colocou em sua bolsa. Ela tinha tido que tínhamos que sair de lá o mais rápido possível, a Trive, que era aquela pedra, poderia ser uma arma poderosa demais nas mãos dos bruxos sem causa que usavam magia negra, ela era uma fonte de poder muito perigosa.

O segurança que a suprema tinha mandado para nos acompanhar parecia nem estar lá, ele não falava nada, apenas andava atrás da gente. Emma era uma garota muito feliz e espontânea, ela não se preocupava ou tinha medo de nada, ela apenas curtia o momento. Assim que saímos da floresta Emma e eu procuramos um lugar isolado e então Emma começou a abrir o portal. Antes de entrar no portal mais uma vez eu coloquei a mão na minha barriga e então entrei. De volta a praça, para voltar ao reino das bruxas e ir para o segundo passo do plano da suprema, eu já tinha colocado meu colar, Tom também tinha colocado o dele, eu estava admirada, por que apesar de tudo, não foi muito difícil essa primeira etapa e isso me dava mais esperanças. Pois eu sabia que a cada etapa que conseguíamos concluir me deixava mais perto da Mel de novo. Chegamos até o pé do lago eu vi algo que me fez parar imediatamente, eu estava estática. Não dava para acreditar, o medo percorreu a minha espinha, Tom percebeu e me olhou preocupado, quando ele virou o olhar para a praça percebi que estava tão assustado quanto eu.