Dentro do carro estava quente, só naquele momento me dei conta de que não sabia para onde estava indo, estávamos na estrada á algumas horas já, não faltava muito para o carro ficar sem combustível, a noite estava chegando e Josh provavelmente estaria aqui amanhã. O carro já estava dando sinais que iria ficar sem vida, olhei para Emma que estava do meu lado no banco de trás e ela abriu um sorriso fraco, eu devolvi. Emma deveria estar bastante cansada, era acostumada a uma vida calma em sua comunidade, nada agentes encurralando-a em becos, mas era para acabar com essa vida que ela estava aqui, ela não aguentava mais viver escondida, não queria ter o fardo da mãe de levar uma comunidade secreta de bruxas nas costas. Por impulso peguei na mão dela e apertei. Ela pareceu um pouco surpresa, mas devolveu o aperto.
— Parece ter um ferro velho ali. —Scott falou apontando para um lugar a nossa frente. Segui o dedo dele e realmente parecia um ferro velho. Só quando começamos a nos aproximar que tivemos certeza, era um ferro velho. Tinha vários carros enferrujados aglomerados em fileiras, em uma das extremidades tinha uma casa e na outra tinha uma coisa que parecia ser um armazém.
— Vamos ficar aqui? — Perguntou Emma.
— Vamos, pedimos para passar a noite no armazém, amanhã saímos e vamos atrás Josh. Disse Tom já entrando com o carro no terreno do ferro velho, encostamos o carro não muito perto dos carros velhos, descermos e fomos andando lado a lado até a casa.
Era uma casa comum e pequena, a tintura estava começando a desbotar nos cantos da casa, as janelas estavam fechas e a cortina por dentro batia como se estivesse pedindo para nos afastar. Os pelos dos meus braços se arrepiaram. Rapidamente afastei esse pensamento da minha cabeça. Scott bateu na porta e esperamos. Mas nada aconteceu, mais uma vez ele bateu e nada.
— Tem alguém ai? Falou ele, mas nada se ouviu.
— Acho que não tem ninguém. Respondeu Emma
— Podemos ficar no armazém, acho que não se preocupariam e eu não acho que more alguém aqui. Disse Tom apontando para a casa. Por um segundo ficamos apenas olhando e esperando.
— Eu acho que eles não se preocupariam, não é? — Eu disse já começando a ir na direção do armazém. Emma rapidamente veio ao meu encontro, Scott e Tom ficaram logo atrás. A porta do armazém estava apenas fechada com um ferrolho, assim que abri um cheiro de graxa me atingiu em cheio, cocei um pouco o nariz e entrei, estava escuro ali dentro, Tom fez uma bola de energia na mão foi o suficiente para iluminar o local até eu encontrar o interruptor. O celeiro era frio, e mesmo com a luz acesa uma luz melancólica caia sobre o local. No canto do armazém tinha uma escada, subi-a lentamente, ainda me sentia muito cansada. Em cima encontrei dois colchõesno chão um ao lado do outro.
— Tem colchões aqui. Falei. Scott foi o primeiro a aparecer, logo em seguida veio Emma e Tom. — Emma, podemos ficar eu e você em um dos colchões, o outro Tom e Scott dividem. — Falei me aproximando de um dos colchões, era macio e estava apenas um pouco sujo.
— Olha o que achei. Virei de costas e encontrei Tom segurando comida enlatada. — E está na validade. Ele terminou de dizer sorrindo.
Não tinha notado até aquele momento o quanto eu estava faminta eu não comia nada á um bom tempo, não só eu, todos nós. Tínhamos se esquecido de comprar comida quando passamos na loja de conveniência.
— Será que o dono ficará chateado se comermos a comida dele? — Perguntei.
— Talvez, mas podemos pagar. Disse Tom já pegando alguns enlatados e levando até nós.
O nosso jantar foi bastante rápido, Tom tinha esquentado a comida com um pouco de energia na lata, aquecendo assim o conteúdo de dentro, pura física, logo em seguida nos preparamos para dormir. Deitei ao lado de Emma, ficamos deitadas por alguns minutos olhando para cima, até que Emma se virou. — Vamos conseguir trazer sua amiga de volta. Virei-me e fiquei olhando para o rosto dela.
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Saga: Os Selecionados - Caçada Mortal - Livro #2 (EM REVISÃO)
FantasyLIVRO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL, LEMBRE-SE, PLÁGIO É CRIME! Ser uma garota órfã já era difícil para Lilly, depois de descobrir que tinha dons especiais assim como os seus melhores amigos tornou tudo ainda mais difícil. A vida é uma incógnita...