Capítulo XXXIV - O Reencontro

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Eu sabiadescrever o tamanho da felicidade que eu estava sentindo naquelemomento, a dor de perder alguém era enorme, mas a dor de ganharalguém de volta era maior ainda, não uma dor ruim, a felicidadechegava a ser tanta que doía, entre os soluços do meu choro eubalbuciava algo como "Senti tanto sua falta" e "Nunca mais vocêvai me abandonar". Melanie também não parava de chorar, mas elaestava conseguindo falar, ela também sentiu minha falta, não estousurpresa, estou? Depois de longos minutos, envolvida em um dosmelhores abraços que recebi na vida tomei partido e me afastei,encarei Melanie dos pés a cabeça. Queria saber se ela continuavaexatamente igual.

— Eu preciso deum cappuccino —falou ela.

Sorri, eu deveriaestar ridícula, com o rosto molhado de suor, e sorrindo.

—Você continuaexatamente igual!

—E isso éruim? —Perguntou ela parecendo um pouconervosa.

— Isso éótimo. —Sorri e lembrei-me do que Ruthfalou às vezes a pessoa que foi ressuscitada não voltava exatamenteà mesma.

— Lilly, comoestá minha família?

Parei um poucopara pensar, ela se lembrava de que tinha morrido? Será que elasabia quanto tempo ficou morta? Ela parecia ter lido as perguntas nomeu rosto.

— Sim, eulembro que morri, lembro que fiquei um grande período, não seiquanto tempo, meses, anos talvez, mas você não mudou muito, entãocreio que se passou menos de um ano. Mas eu quero saber, como elesestão?

A resposta saiuda minha boca não por vontade própria, mas como se eu tivesse aobrigação de responder.

— Eu não sei,depois do seu enterro nunca mais os vi, creio que estão tentandoseguir em frente depois da sua morte.

— Vocême obrigou a falar?

— Não! Eu nãosei, não acho que fiz de propósito, desculpa!

Ela então olhoupara dona Ruth e eu nunca a vi com aquele olhar tão grato.

— Muitoobrigada! Serei sempre grata à senhora. — Mel falou virando-separa dona Ruth, que abriu um sorriso para ela.

—Não a de quê,minha querida.

Olhei para donaRuth, ela sabia que eu também seria eternamente grata a ela, nãoacreditava que tinha me metido em confusão sendo que o feitiço, nofim das contas foi tão simples.

— Vem Mel,temos muito que conversar! — Peguei Mel pelo braço e comecei a meafastar, subi em direção ao meu quarto.

— Lilly vocêacha que dona Ruth... Tom falou quando entrei no quarto, mas parou defalar assim que Mel entrou logo depois.

— Não que eunão esteja feliz, mas como? —Ele falou surpreso e dando um passo para trás.— Apropósito, bem vinda de volta.

— Dona Ruth éuma bruxa.

— Ela é umabruxa? —Mel perguntou ao meu lado.

— Claro que é!Como acha que ela te trouxe de volta? —Respondi

— Ah, achei queela era uma agente com o dom da vida, algo do tipo.

Sorri, Tom meacompanhou e Mel acabou sorrindo também.

— Vem. —Arrastei Mel até a cama, sentei na frente dela.

— Primeiro detudo, você precisa saber que estamos sendo procurados, pela CA e poralguns bruxos.

—Alguns? —Perguntou ela com sarcasmo navoz.

— Alguns muitosbruxos e talvez uma rainha enfurecida.

Saga: Os Selecionados - Caçada Mortal - Livro #2 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora