Capítulo XXIV - Negociação

11 1 0
                                    


Onde será que estão os outros? Eu precisava encontra-los de alguma forma e essa garota iria me ajudar.

— Acontece que talvez tenham outros amigos por aqui, precisamos acha-los. — Encarei a garota de cabelo azul.

—Tudo bem, se esse aparelho — ela ergueu o celular de Everly. — Se ele realmente vale tanto dinheiro, posso ajudar vocês em mais uma coisa.

Abri um grande sorriso.

— Mas antes, preciso de algum pertence de um deles para fazer um pequeno feitiço de localização.

Meu sorriso rapidamente se desfez, comecei a tocar nos meus bolsos, não achava nada, os meninos fizeram o mesmo, meu coração já estava quase pulando pela boca, quando Everly falou algo.

— Aquela bruxa, Emma, ela me deu esse prendedor de cabelo, pouco antes do feitiço dar errado.

Ela mostrou o prendedor na palma da mão, peguei da mão dela soltei um ''obrigado'' abafado  e entreguei para a bruxa de cabelo azul e ela não falou uma só palavra. — Aqui.

— Certo, agora sim, vamos ao feitiço.

— Izzy, será que posso ver você fazer esse feitiço? — Jess perguntou, estava afastada no canto da sala.

— Claro que pode garota. — Izzy respondeu já nos guiando para o que parecia ser a cozinha, mas de cozinha não tinha nada.

Naquela suposta cozinha tinha alguns armários na parede e uma mesa quadrada de madeira preta no centro, Izzy foi até um dos armários e tirou de lá quatro velas roxas, colocou uma em cada canto da mesa, depois foi em outro armário e pegou uma faca, deixou a faca no meio da mesa. 

O clima ficou mais tenso ainda depois disso. Izzy foi até uma gaveta e pegou um pouco de terra preta. Quem guarda terra preta em uma gaveta? Isso deve ser coisa de bruxa. Ela colocou um pouco de terra perto de cada vela nas extremidades da mesa.

—Tudo pronto, vocês precisam saber que o feitiço não vai dar uma localização exata, não vão saber a rua em que os amigos de vocês se encontram e nem se estão no mesmo ano que vocês no máximo vão saber a cidade, talvez até o bairro, depende muito da força do sangue.

— Eu sou forte pode usar o meu sangue. Scott falou.

— Calma, garanhão, não é a força física que define se seu sangue é forte e sim a força espiritual. Izzy terminou de falar, notei que Scott ficou um pouco sem jeito, ele está apenas querendo ajudar.

— Pode usar o meu. — Falei dando um passo mais a frente.

— É, pode ser o seu, o feitiço vai ser rápido a barreira que irei construir para a magia não ser detectada não dura por muito tempo.

Todos concordaram com a cabeça, Izzy fez sinal para eu me aproximar da mesa. Todas as velas ficaram acesas imediatamente.

— Me tueor apud hos cereos quibus emuncta tuere aditus tenebris incipit accedere. Izzy começou a sussurrar. O fogo da vela ficou forte, a areia que estava nos pés da vela começou a pegar fogo também, um fogo azul.

— Rápido, não temos muito tempo!— fala com uma voz sombria — me de sua mão.

Ergui minha mão para ela, que estava do outro lado da mesa, ela pegou a faca, sussurrar algumas palavras que não entendi, e fez um corte em minha mão com a faca. Ela não cortou de uma vez, foi lentamente, minha vontade era gritar, mas apenas fiz uma careta de dor. Eu queria parecer mais forte do que eu realmente era. O sangue começou a escorrer pela minha mão, ela ainda não tinha parado de cortar e isso já estava assustando-me.

Saga: Os Selecionados - Caçada Mortal - Livro #2 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora