09. Liam Payne

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"Eu não sou uma boa pessoa mais. Talvez eu nunca tenha sido. "

Localização: Universidade de Sheffield — Dormitório de Harry Styles.
Data: segunda-feira, 13 de maio.
Dias Restantes: 6.

Harry acordou com um braço o segurando firmemente. A primeira coisa que vê, quando abre os olhos, é uma tatuagem de punhal envolto em um plástico filme. A respiração de Louis faz cócegas em seu ouvido. Harry sorri, se o paraíso existir e ele for para lá um dia, será desse jeito.

Do lado de fora do quarto, as pessoas andam apressadas, há um burburinho de vozes, mas Harry não consegue entender nenhuma palavra sequer. Harry tem consciência de que ele e Louis estão atrasados. Louis provavelmente vai gritar com ele por deixa-lo dormir e perder a hora.

Mas está tão bom, tão aconchegante e confortável o jeito como estão deitados, que Harry pode suportar os gritos de Louis.

Ele está quase adormecendo novamente quando sente Louis se mexer. O braço se retraí ligeiramente e Louis murmura alguma coisa, ainda envolto em uma névoa de sono.

— Harry. — Sussurra depois de alguns segundos, sua voz rouca devido ao sono. — Horas.

— Não sei. — Responde Harry virando-se e passando seu nariz no pescoço de Louis. Constatando que seu cheiro está ali, em Louis. — Tarde. — Murmura com a voz abafada.

Louis pula da cama tão rápido que, mesmo deitado, Harry fica tonto. Ele caminha desesperadamente pelo quarto murmurando "meu celular, onde está, onde está", Harry senta na cama e o observa sorrindo de lado.

— Bolso da calça, Lou — diz suavemente. Louis olha para ele por um segundo e em seguida pega a calça que está jogada próxima ao seu pé.

— Ai-meu-deus — murmura Louis desesperado olhando para a tela do celular —, já perdemos a primeira aula! — Grita para Harry enquanto sai em busca de suas roupas espalhadas pelo chão.

— Vá tomar um banho — sugere Harry calmamente, mesmo que a ideia de apenas ficar olhando Louis andar pelo seu quarto só de cuecas seja tentadora. Louis olha para as roupas em sua mão e para o banheiro, por fim, ele larga tudo no chão e caminha em direção a porta, seguindo o conselho de Harry.

Quando Harry ouve o barulho do chuveiro ele se levanta, caminha até a mochila de Louis — assim como a calça, está jogada em um canto do quarto — pega-a e joga tudo que há dentro em cima de sua cama. Seleciona as coisas de que Louis vai precisar e coloca de volta na bolsa.

No banheiro, Louis canta, então Harry conclui que ele não está tão bravo por ter perdido a hora. Harry então coloca a bolsa de Louis em cima da cadeira de sua escrivaninha e pega uma toalha para Louis. Ele está prestes a chamar Louis e mostra-lhe a toalha quando percebe a música que o outro está cantando. Harry sorri.

Eu tenho uma dor no meu coração e uma dor no meu peito. Eu quero ser humano novamente. — Cantarola Louis alegremente no chuveiro.

Eu tenho uma dor na cabeça, e eu estou perdendo o fôlego. Eu quero ser humano novamente. — Continua Harry fazendo Louis sobressaltar-se.

Eu quero ser humano novamente. — Diz Louis de dentro do box, Harry consegue sentir o sorriso de Louis através das palavras.

Humano novamente. — Canta Harry de volta. Eles ficam em silêncio depois disso. Harry estica o braço e puxa a cortina do box de leve, Louis está de costas para ele lavando o cabelo, alheio a Harry.

Eu posso sentir isso nos meus ossos, eu não quero morrer sozinho. — Diz Louis continuando a música. — Quando tudo que eu tiver for chuva...

MurdererOnde histórias criam vida. Descubra agora