27. Epílogo

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"O negócio de ter o que o seu coração deseja é que o seu coração não sabe o que deseja até aparecer" — Por isso a gente acabou — Daniel Handler.

Localização: Paris, França — Apartamento de Madeline Stayne.
Data: aproximadamente sete anos depois.
Dias Restantes: -.

Quando uma voz de garotinho gritou alguma coisa em francês, após Louis bater na porta, ele se questionou se estava no apartamento certo.

— O que ele disse? — pergunta ele voltando-se para Harry, parado ao seu lado com as mãos nos bolsos e o cabelo comprido preso em um coque. Seu noivo encolhe os ombros.

— Pediu para que esperássemos — responde ele. — Quer dizer, meu francês não é tão bom, eu apenas supus.

Louis bufa e tira o celular do bolso, confere o número do apartamento e decide mandar uma mensagem avisando que eles estão ali. Ele nem acabou de digitar quando a porta se abre e um menino de olhos castanhos e cabelo loiro aparece.

— Você é o amigo da minha mãe? — pergunta ele em inglês, com um sotaque quase imperceptível.

O primeiro impulso de Louis é negar, dizer que se enganou e bateu na porta errada, mas aquele garoto... os olhos dele e maneira como sorri. Louis olha para Harry, perguntando silenciosamente se ele não está ficando louco e os olhos verdes brilham em assombro e concordância.

— Sim! Meu nome é Louis — diz ele rapidamente, antes que o silêncio fique ainda mais constrangedor. — Esse é Harry, meu noivo — continua ele, desviando o olhar do garoto e apontando para Harry.

O menino olha para Harry e assente com a cabeça, em cumprimento. — E aí, Harry? — diz ele e Louis sorri, pensando em como o menino é pequeno, mas está falando com Harry como se não fosse.

— E aí — responde Harry e Louis não ficaria surpreso se ele se tornasse o ser humano favorito do garoto. Ele tem esse efeito sobre as crianças, para os adultos ele guarda o charme. Louis é atraindo por ambos.

— Qual seu nome? — pergunta Louis e garoto olha para ele novamente.

— Sam, mas eu acho sem-graça, prefiro meu nome do meio. Era o nome do meu pai — responde ele inclinando a cabeça e refletindo sobre suas palavras.

— E quantos anos você tem? — questiona Louis, apenas para confirmar o que ele já sabe.

— Quase sete.

— Quase sete? — diz Harry com o cenho franzido. — Seu aniversário é amanhã? O meu é.

E Louis até poderia estar prestando atenção no incrível diálogo entre Sam e Harry, mas a idade dele está gritando em sua mente e ele pensa em como ela foi capaz de esconder aquilo dele. Será que a confiança entre eles era realmente mútua?

— Não, é depois de amanhã — responde Sam —, dia dois de...

— Louis! — exclama alguém de dentro do apartamento, interrompendo Sam. E ali está ela, tão linda quanto Louis se lembrava. — Querido, deixe-os entrar — continua ela aproximando-se da porta enquanto Sam da de ombros e sai correndo para dentro do apartamento.

Madeline abraça Louis e murmura que sentiu falta dele, que está feliz em vê-lo e tudo que Louis consegue pensar é em como passou anos procurando por ela, mesmo ela dizendo que manteria contato da última que eles se viram. Ele entra no apartamento e por todo lado há vestígios de Sam e Louis tem tantas perguntas...

— Nós precisamos conversar — diz Louis olhando ao redor da sala enorme, sua atenção sendo atraída para um enorme mural de fotos em uma parede em frente à porta da frente.

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