- 01. A Floresta

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"Você deseja que eu seja seu. E eu espero que você seja minha" — Lurk, The Neighbourhood.

Localização: Sheffield — Ecclesall Woods.
Data: Domingo, 14 de abril.
Dias Restantes: 35.

A festa estava chata. Todos poderiam dizer o contrário, mas Louis Tomlinson afirmaria que estava péssima a quem quer que perguntasse. O clima estava bom, era começo de primavera e não havia quaisquer rastros do inverno, apenas uma brisa mais gelada aqui e ali. A fogueira estava alta e brilhante, linda. A cerveja gelada e a música boa.

Mas Louis continuaria reclamando e com a cara fechada. Se Harry Styles tinha algo a ver com isso, ele negaria até a morte. Porque não tinha, não, definitivamente não. Harry sorrindo sugestivamente durante a festa inteira não tinha nada a ver com o mau humor de Louis. A vontade dele de socar a cara de Harry não estava influenciando em nada, pois ele sempre estava com vontade de bater em Harry.

Afinal de contas, o que ele queria? Por que ele era um idiota pretensioso e depois um pseudosedutor? Louis queria muito entender o que se passava na cabeça de Harry.

Sempre querendo a atenção de Louis, mesmo obtendo isso de maneira negativa em todas as situações. Mas o que ele queria agora? Havia pessoas em volta dele durante toda a festa, todos querendo conversar com esperança de suas reputações serem elevadas, Louis também era constantemente colocado naquela posição.

Se não era atenção, por que ele olhava para Louis como se ele fosse um pedaço de carne? Louis jura que se Harry continuar com aquela palhaçada ele vai arrancar aquele sorriso aos socos da cara dele.

— Preciso de outra cerveja — anuncia Louis para ninguém em especial, Stanley assente para ele, mas sem dar atenção de fato, não que ele ligue, Stan não frequenta as festas, ele não é popular e só foi porque Louis o convidou, então ele deixa que seu colega de quarto aproveite.

Louis afasta-se do grupo e caminha até um dos vários barris, decidi ir até o mais distante, pensando em coisas aleatórias para não pensar em Harry, longe o bastante para que ele tenha tempo de colocar os pensamentos em ordem.

É claro que ele não consegue um momento de paz, provavelmente Harry estava esperando Louis ficar sozinho para atacá-lo. Ele suspira audivelmente enquanto enche seu copo e ouve os passos de Harry cada vez mais próximos.

— Hoje não, Harry. Sei que passamos as férias de primavera afastados, mas amanhã podemos voltar a nos odiar. — Diz ele sem encarar o garoto, como se ele não valesse nem um olhar, mas a verdade é que Louis está com medo.

— Então hoje não nos odiaremos? Ótimo — diz ele e Louis consegue ouvir a malícia em cada sílaba que sai dos lábios de Harry.

— Hoje nós não sentimos nada, hoje não somos nada. — Louis finalmente olha para ele e a consequência é pior do que ele imaginava.

Ele não consegue evitar, no momento em que Harry coloca uma mão no peito de Louis, ele já está dando um passo para trás, deixando-se ser encostado contra uma árvore.

Céus, aquilo era tão errado. Louis havia jurado a si mesmo que nunca mais beijaria Harry, mas ali estava ele, com as pernas bambas e o coração batendo descompassado. Louis jurou e é por isso que ele odeia prometer as coisas, às chances de ele falhar eram altas, ainda mais tratando-se de Harry.

Louis agarra a camisa de Harry, puxando-o para um beijo desesperado. — Desculpe-me, não sei o que deu em mim — murmura ele depois que eles se separaram, o beijo não durando mais que um minuto.

MurdererOnde histórias criam vida. Descubra agora