Meu Nome É Ladybug

9...

Marinette on...

Eu estava sentada num canto qualquer do meu quarto, abraçando os joelhos sobre o peito, não fazia nenhum barulho.

Eu me balançava involuntariamente para frente e para trás sem parar. Não conseguia chorar, piscar os olhos, mal respirava direito.

Tudo por puro desgosto.

Cat Noir on...

Eu vagava pelos telhados de Paris sem uma gota de felicidade. A culpa da Ladybug ter se machucado foi minha. Eu não devia ter voltado para a Miraculous.

Eu passei pelo menos quatro vezes sobre o teto do quarto dela, e decidi ficar na sua varanda, apoiado na grade e olhando a enorme lua crescente.

Andei pela varanda, inquieto. Como poderia pedir desculpas à ela?

"Oi, Ladybug. Me desculpe por quase arrancar seu braço."

Parabéns, Cat Noir. Você conseguiu ferir uma garota.

Eu escutei chiados. Se não fosse pelo microfone de audição ampliada, não teria escutado.

Me aproximei da portinha que da acesso para o quarto da azulada, e olhei dentro do quarto. Estava em pura escuridão, mas os raios lunares iluminavam uma parede do quarto.

A parte em que eu podia ver alguém sentado no canto de uma parede, abraçando as pernas com cara de que tinha passado o pior dia da sua vida.

Eu abri a portinha, e entrei no quarto dela em silêncio. Quando me aproximei o bastante, toquei seu ombro. Ela se assusta, e me dá um tapa no rosto. Não foi forte, mas doeu por dentro.

Ok, confesso que eu mereci.

– C-Cat... D-desculp-pe. – Ela gagueja, e cobre o rosto.

– O que aconteceu? Alguém te machucou? – Eu pergunto falsamente, procurando algum machucado no rosto de Marinette.

– N-não, f-foi nada. – Ela tremia tanto, que eu já estava ficando agoniado.

Eu pego as suas mãos, que se encontravam nos joelhos da garota de coração partido. A ajudo a levantar do chão, e a coloco na cama, logo me sentando ao lado dela.

Ela ainda olhava para o nada, e respirava ofegante.

– Me diz. O que aconteceu?

Eu me virei de frente para ela, e eu tomei novamente as suas mãos geladas.

Ela suspira com meu toque, e se acalma quase por completo na mesma hora.

– Eu estava cozinhando, mas nem sei por que eu inventei de cortar carne com um facão. Aí quando fui cortar, a faca deslizou e foi direto ao meu braço. Isso me lembrou algo que eu vi na minha infância. Sei que parece idiota, mas não posso evitar.