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– Cat... Mas o quê... – Eu falo, gaguejando feito uma retardada. – O que é isso?

– Isso o quê? – Ele falou, se aproximando do meu pescoço.

Eu o afasto, tremula.

– V-você... Você é um deles? – Eu estava entrando em estado de choque.

– Um deles quem?

–... – Eu não consegui falar nada.

Enormes lágrimas quentes e intrometidas começaram a encher meus olhos, e a descerem pelo meu rosto. A casa segundo que eu olhava para aquela queimadura no Cat Noir, eu sentia desprezo, raiva, ódio.

O inimigo estava mais perto do que eu pensava.

Eu vesti a blusa e me encolhi próximo à cabeceira da cama, e tentava ao máximo parar de tremer e Começar a bater no traidor.

Cat Noir se aproximava de mim novamente, e eu me levantei da cama, me afastando ao máximo.

– Por favor. Não. Chegue. Perto. De mim. – Eu falei, pausadamente.

– O que aconteceu?

– Você não vivia me dando sermões sobre confiança? Por que você nunca me falou... Disso?

– Disso o quê?

Eu apontei para o pescoço dele.

– Você sabe que sempre pode contar qualquer coisa pra mim.

– Eu juro que queria te contar, Marinette, mas... Eu não queria te pôr em perigo.

– E ajudou muito você resolver me mostrar quando estávamos prestes à...

Eu coloquei a mão no rosto, e a puxei até a mesma cobrir a minha boca.

– Eu ia te contar, Marinette... – Ele arruma sua roupa, e passa as mãos pelos cabelos. – Mas eu tinha medo da forma que você ia reagir.

– Se você tivesse me contado de outra forma, eu iria entender, Cat!

Ele olha para os próprios pés, com as mãos nos quadris.

– Me desculpa, Mari.

Eu o olhei, e sai do quarto batendo a porta. Desci metade das escadas e sentei em um degrau.

Cat Noir faz parde dos assassinos da Papillon, então ele... Pode ter assassinado a todas aquelas pessoas... Apoio a cabeça nas mãos, pensativa.

No dia que ele foi perseguido até a minha casa, parecia assustado. Ele deve ter decidido seguir o emprego como autônomo, e o seu chefe deve ter o perseguido para matá-lo...

Cat Noir on...

Eu retiro a máscara com raiva, e a jogo no chão, com a respiração ofegante. Eu não posso ficar com raiva agora...

Abro os botões da camisa, e me olho no grande espelho da Marinette, encarando as marcas roxas e vermelhas pelo meu corpo. Se ela soubesse de toda a história...

Eu me aproximava do espelho para olhar a queimadura em formto de borboleta, e por acaso, vejo no reflexo do espelho um pedaço de fita vermelha.

Ando até a cama de Marinette olhando a fita, e fechando os botões novamente... Puxo a fita de debaixo do travesseiro e...

Era uma máscara.

A máscara da Ladybug

Não pode ser...

Eu olho para o tecido grosso e meio áspero da máscara, e sinto meu coração acelerar. Durante todo esse tempo eu gostava de duas pessoas sem saber que elas eram uma só. Isso seria mesmo possível?

Meu Nome É LadybugOnde histórias criam vida. Descubra agora