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Cat Noir on...

– Como assim? – Eu pergunto, assustado.

– Ainda não sei, mas estou tentando descobrir.

Ladybug lia os papéis, e eu ainda estava em estado de choque.

Como a Miraculous, uma empresa de detetives bem sucedida, poderia recorrer à entrar para o grupo dos vilões? Ladybug deve estar maluca.

– Ladybug, você tem certeza do que está dizendo? – Eu pergunto, e ela se vira na minha direção.

– Tudo isso se conecta na Miraculous. – Ela começa a explicar, e eu tento me preparar para escutar as teorias da garota. – Quando assassinaram o cara na escola, fizeram com que aquilo me chamasse atenção, me atraindo para lá, e fazendo com que a polícia achasse que foi um de nós dois que matou o cara.

Infelizmente aquilo fez sentido.

– Mas para alguém querer prejudicar a empresa... – Eu começo a falar.

– A empresa tem que ter feito algo! – Ladybug completa meu raciocínio.

– Como o quê, por exemplo?

– Eu não faço a mínima ideia. – Ladybug fala, abaixando o olhar. – Mas nós dois vamos descobrir.

– E começamos por onde?

– Hum... Que tal perguntar à Tikki se ela sabe de alguma coisa?

– Mas se a empresa tem alguma coisa a ver com isso, a Tikki se tornou uma suspeita.

Ela me olha, furiosa.

– Você está insinuando que a pessoa mais confiável e próxima a nós dois pode ser a cabeça de tudo? – O silêncio se instala. – Como você pode, Cat Noir? Ela foi a pessoa que te deu um emprego, mesmo você sendo apenas um garoto.

– Ladybug, a partir que esse caso começou, todos nós somos suspeitos.

Ela ficou em silêncio por alguns instantes, apenas olhando para o papel em suas mãos, e em seguida para mim novamente.

– Acho que... Você está certo. – Ela coça o braço esquerdo, e cola o papel de volta no quadro.

Ladybug on...

Me sinto uma péssima detetive dessa forma. Estamos a quase um mês com o mesmo caso, e o máximo que já chegamos, foi ligar um caso com o outro.

Eu nunca me senti tão imprestável na minha vida.

Olho para a lousa que estava atrás de mim, e vejo as palavras eu tentei juntar para achar alguma coisa em comum.

Sinto minhas pernas fraquejarem, e ando em direção à porta, planejando sair daquele local. Mas quando chego numa sombra num canto de uma parede, a última coisa que eu gostaria que acontecesse fez questão de acontecer:

Lágrimas grandes e quentes escorriam pela minha pele.

Me apoio à parede, e abaixo até sentir meus joelhos tocarem o chão. Eu encaro a parede em minha frente, em prantos, me lembrando do que Tikki havia me falado no começo do ano... Mari, você é a melhor pessoa que já contratamos na empresa.

Eu tampo meu rosto, e soluço baixinho, tentando fazer com que Cat Noir não me escute e nem me veja nessa situação. Ele deve me achar uma fracassada.

Respiro fundo, e seco as lágrimas. O que será que está acontecendo comigo?

– Você está bem? – Cat Noir me pergunta, tocando meu ombro.

Meu Nome É LadybugOnde histórias criam vida. Descubra agora