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Adrien on...

Vejo Marinette entrar no banheiro feminino, e logo em seguida, Chloe e Sabrina sairem do mesmo. Alguns minutos se passam, e eu não vejo a azulada.

Algo de errado está acontecendo...

Largo tudo que tinha que fazer e saio correndo para algum lugar vazio. O banheiro estava lotado, então eu teria que procurar mais.

Entro no laboratório de química e visto minha roupa com pressa.

Pego a camiseta preta e a passo pela cabeça, sentindo os arranhões e os outros ferimentos mal curados doerem sobre o tecido. Ajeito o resto do uniforme e encaro meu reflexo num tubo de ensaio. Foi muito difícil cobrir todos aqueles machucados com aquela maquiagem ruim.

Passo os dedos pelo vestígio arroxeado em volta do meu olho, e sinto a dor do machucado, que me fez lembrar a causa de cada ferimento do meu corpo.

Flashback on...

Eu havia acabado de escutar vozes vindas de trás de uma porta, mas as mesmas pararam de repente, e eu prendi a respiração tentando manter o silêncio.

Passos se aproximavam de mim, e meu coração martelava em meu peito, me causando palpitações e tremeliques nos dedos da mão direita.

A pessoa que falava há segundos atrás abre a porta, e olha para os lados, procurando a fonte do barulho que escutou.

Eu soltei o ar dos pulmões em som de alívio, E já ia sair daquele lugar, mas atrás de mim havia um segurança vestido inteiramente de preto, que cobriu minha boca e nariz com um pano que cheirava a álcool.

Flashback off...

Eu preciso me lembrar do resto da noite! Mas não consigo!

Mas algo me diz que eu devo voltar ao galpão... Vou conversar com a Tikki sobre isso.

Saio por uma janela e pulo de telhado em telhado, pensativo e em busca de soluções.

Marinette on...

Eu corria pelos telhados tentando ligar uma coisa com a outra. Mas nada que vem acontecendo parece ter um eixo...

Então eu tenho que voltar ao início.

Pego o caminho para minha casa, e entro pela portinhola da varanda, retirando a máscara e pegando minha velha lousa de professora. Fecho as janelas e cortinas rapidamente, e anoto algumas coisas em folhas de caderno, logo colando as folhas no quadro.

O pai da Manon foi assassinado há uns tempos, e parece que o seu assassinato acarretou todos os outros...

Mas o mais estranho foi o assassinato que houve na minha escola, que mataram um homem e escreveram em todas as lousa das salas de aula com sangue... Para ter feito isso, tem que odiar profundamente a escola...

Parece que finalmente estou chegando em algum lugar.

Sempre que assassinavam alguém, deixavam uma maleta prateada, com um saquinho reluzente de plástico.

E todos os assassinados usavam uma roupa do mesmo gênero.

Ou seja, todos eles tem alguma coisa em comum.

– MAS É CLARO! – Eu concluí parte do raciocínio. Como eu nunca reparei aquilo antes?

Então... Eles mataram aquelas pessoas para prejudicar alguém e também porque queriam algo delas.

Mas o que poderia ser?

Endo de um lado para o outro do quarto, olhando para o chão. Em seguida, olho para o quadro novamente.

Falta alguma coisa ai...

Eles capturaram o Plagg! E para eles terem capturado ele, é porque querem nos prejudicar.

E por quê?

Nós nem agimos ainda.

Nós ainda nem chegamos a descobrir quem está por trás daquilo tudo.

Mas...

Se eles querem destruir a M.M.D , alguma coisa a empresa fez à eles...

Será que...

Não.

Isso seria completamente IMPOSSÍVEL!

Cat Noir on...

Eu rodei a cidade de Paris inteira procurando a Marinette, mas não a achei em lugar algum.

Bem estranho ela ter entrado no banheiro e sumido. Não que eu esteja preocupado, nem nada... Eu só fiquei meio curioso.

Recebo uma mensagem de repente, e logo começo a devorar as palavras, ansioso por novidades.

Mensagem on...

Cat, eu preciso urgente que você apareça nesse endereço que eu vou te mandar.

Ela me envia o endereço.

– Ladybug, o que aconteceu?

– Isso é uma coisa que meio que não se deve ser falada por celular.

– Tá bom, em cinco minutos eu tô lá.

Mensagem off...

Saio correndo com pressa, ou melhor, o mais rápido que eu consigo. À cada salto que eu dou de um prédio ao outro, escuto um estralo, ou sinto uma dor em algum lugar.

Escalo uma elevação entre telhados, e sinto uma dor estranha na perna, como se minha carne estivesse toda triturada e recolocada em minha perna.

Ajoelho por causa da dor, e me recordo de mais algum momento da noite do sequestro.

Eu havia acabado de acordar, olhei de um lado para o outro, e um cara que estava de tocaia num canto do local se aproximou de mim, desferindo golpes e mais golpes em troca de respostas.

E o resto continua sendo um borrão em minha mente.

Me levanto, e uso meu bastão como bengala, para me ajudar a locomover.

Olho para o céu, e me lembro dos olhos da marinette. Hum, estranho ela ter sumido, e a Ladybug aparecido, não é mesmo?

Deve ser só coincidência.

...

Chego no local marcado, e observo o galpão abandonado que Ladybug escolheu para nós podermos conversar. E por que não podia ser na M.M.D ?

Eu ia bater no portão, mas Ladybug abriu o mesmo antes que eu pudesse encostar.

– Entra. – Ela me puxa para dentro, e eu olho ao redor. O galpão era completamente decorado por pinturas grafite coloridas, no meio do local vazio, tinha uma lousa infantil lotada de papéis colados.

Eu senti que deveria me aproximar, mas não o fiz.

– O que era tão importante que não podia ser falado por telefone? – Eu pergunto para Ladybug, que estava inquieta, arrumando sua franja a cada dez segundos.

– Cat, fale baixo. Tenho medo de que até as paredes escutem.

Calo a boca, me apoiando melhor no bastão.

– Eu estou desconfiando de que o primeiro assassinato, de três semanas e alguns dias tenha acarretado todos os outros.

– E?

– E que a Papillon seja a culpada por tudo, para tomarem o cargo da M.M.D. e dos assassinados, que tinham alguma coisa de comum, que ainda não descobri.

– Até aí, nada tão importante. – Eu engulo em seco, me lembrando de tudo o que a Papillon já fez.

– Mas o pior de tudo... – Ladybug passa a mão no rosto, secando o suor. – É que a M. M. D pode ter alguma coisa a ver com tudo isso.

Meu Nome É LadybugOnde histórias criam vida. Descubra agora