Por Você Parte 3 (EM ANDAMENTO)

Nigel conta sobre o que descobriu

Torci a boca em um sorriso e peguei em sua mão.

- E vai ter tudo isso se você me deixar cuidar de você, amar você como desde o inicio, nossos planejamentos... Você pode delegar poderes a outras pessoas e apenas... administrar.

Meu coração foi ao céu e voltou, Victória ainda era aquela pessoa simples, que não mudou ao longo do tempo e nem foi comprada pelo luxo em que vivia, essa sim era a minha Victória e se pudesse, a beijaria e a levaria para o quarto neste instante, mas não podia fazer isso, eu precisava dar espaço para ela, quero que ela me deseje e que me procure, pois todas as vezes que fiz isso, Victória escorregou das minhas mãos e eu sofri demais.

- É tão fácil assim?

- É!... Sorri para ela - Eu vou te ensinar tudo!

Ficamos em silencio por um tempo, assimilando tudo aquilo, eu queria uma resposta concreta dela, queria que ela topasse o nosso casamento, Victória me olhou, algo ainda não estava claro para ela, mas não tinha coragem de me contar, então continuei.

- Dereck só conseguiu se aproximar de você quando conseguiu levar Priscila para a cama, ela conseguiu de uma forma colocar o rapaz naquele evento e ser um dos oradores por ser um dos médicos chefes de uma das ONGs... E Killer desconfia de que a morte de Píer não foi um suicídio, Dereck estava lá e deveria estar na cama com Priscila e foi pega.

Victória ficou estarrecida, não sei se foi bom ter contado as nossas suposições e descobertas, Priscila agora estava se tornando para ela um martírio e decepção, suas mãos foram parar em seus rosto e ela afundou nelas e bufou longamente deixando escapar sua decepção e desespero, logo ela se ajeitou no banco, repirou fundo, estava branca, e soltou.

- Dereck matou ou simulou o suicídio?

Ficamos nos olhando, não sei se estava falando demais, mas ela queria respostas.

- Não sei se ele fez isso, mas Priscila era bem capaz de manipular o marido, e talvez ele tenha puxado o gatilho em desespero.

- O que mais tem para me contar?

- Priscila tomou conta da casa de verão que era sua... Ela diz que Dereck deu como presente.

Como eu sei? Quando mandei os seguranças irem procurar por Victória na casa de verão, achara Priscila na casa, Killer foi informado e correu para lá, e ela foi cara de pau o suficiente para dizer que foi Dereck quem lhe deu a casa, bêbada, disse que tinha um caso com Dereck, em sua fala enrolada, deu a entender que Pier não tinha coragem de se matar sozinho, mas com o tempo eu contaria a Victória como tudo aconteceu.

- Se eu me casar com você... Dereck perde o direito da herança.

- Isso!

Victória sorriu e concordou, eu respirei satisfeito, olhei para fora da janela.

- Quer dar uma volta?

- Seria ótimo. – Victória suspirou e ainda com um sorriso, se levantou e saímos do ônibus e caminhamos, Bruce veio a traz de nós, passei o braço pelos ombros dela, que entrelaçou os dedos nos meus, e me laçou pela cintura e caminhamos como dois namorados pelo Camping.

- Assim que chegarmos a Nova York, vamos dar entrada nos papeis e nos casar, neste meio tempo Dereck já será notificado de que não poderá mexer em mais nada.

- Seria bom se o Juiz pudesse ir ao nosso apartamento Nigel. – Ela me olhou temerosa, o vento que soprava fazia seu cabelo se agitar e vir para frente. – E não gostaria de ficar andando e estar exposta nesta primeira semana.

- Tudo bem, será da forma que quiser. – Beijei o topo de sua cabeça.

Depois de andarmos um pouco, Victória quis voltar para o ônibus e ir se deitar, tomou um banho rápido, logo fui eu e me deitei ao seu lado, Victória parecia tão cansada que já estava dormindo, me encostei nela que estava deitada de lado e a puxei para mim e a abracei, era a primeira vez que dormia com ela sem ter que me preocupar com a hora para sair do quarto sem ser visto, agora todos sabiam de que eu iria me casar com minha prima e que nunca deixaria ela sair da minha vida, estava tão ansioso e tão crente que nunca mais ela sairia de minhas vistas, que dormi sem me preocupar com nada, cheirando o seus cabelos e sentindo o calor de seu corpo.

No dia seguinte tomamos café da manhã, abastecemos o ônibus e fomos direto para Nova York, no caminho fomos conversando.

- Me conta como foi parar no mundial de MMA? – Victória me olhou curiosa.