Escolhendo o enxoval para o bebê

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Chegamos a Time Square juntos, hoje iríamos escolher os móveis para o quarto do bebê, estava ansioso, meu primeiro filho e uma responsabilidade enorme em não errar nas corres e no gosto fino de Victória, sorria contente, pulei do carro antes mesmo do motorista, dei a volta e abri a porta para ela que desceu elegantemente, a puxei para mim, e lhe dei um beijo de tirar o fôlego, quero que se sinta amada o tempo todo, Victória sorriu.

- Você está linda. – Ela estava graciosa em um vestido bege para grávida.

- Tudo para você! – Disse ela, aquelas palavras pareciam cheias de promessa e eu estava louco para fazer amor com ela, senti-la nos meus braços e se entregar a mim.

- Adoro ver você gata e adoro ver você grávida e quando puder vou por outro filho na sua barriga! – A apertei nos braços e a beijei novamente, estava quase colocando-a no carro e levando de volta para casa, mas tudo tem seu tempo.

Victória gargalhou gostosamente, e a soltei e a puxei para dentro da loja, estava animado e empolgado, tudo aquilo era novo para mim, eu queria estar presente em todos os momentos das duas.

Fiz Victória rir e muito com as roupinhas do bebê, eram tão pequenas que cabiam as minhas duas mãos, espalmando sobre os macacões, agora era hora de escolher o berço, passei entre os móveis, cada um mais lindo que o outro e não sabia qual escolher.

- O que acha do carpete? – perguntei ao ver as amostras.

Victória suspirou e se juntou a mim.

- Muito fofo!

- Mas é para ser fofo, não quero ver minha filha esfregando o joelho em carpete duro.

Victória e a vendedora gargalharam, como eu adorava ver Victória gargalhar daquela forma.

- Vamos ver pelo lado prático. – Começou ela. – Limpeza... Bebês precisam de um ambiente limpo e sem poeiras, vivemos no meio do caos de Manhattan, onde a poluição toma conta. – Ela fez sinal de negativa com o dedo. – Este aqui é melhor. – Ela apontou para um fino e macio, passei a mãos, tive que concordar, mas queria continuar na teimosia.

- Mas esse é fino demais, ela pode se machucar.

Victória gargalhou novamente e me beijou.

- Amor!... Vamos?... Eu é que trabalho na área da saúde e sei o que estou falando!

Concordei com ela e depois de duas horas, saímos da loja e resolvemos caminhar um pouco de mãos dadas, nosso restaurante predileto estava há poucos metros de onde estávamos, a traz de nós aquele bando de seguranças, eu me sentia incomodado e sei que Victória também, mas ela sabia disfarçar, no caminho fui falando do trabalho, Joe estava em Dalas.

- Dr. Smith vem jantar em casa. – Disse ela entrando no restaurante, torci a boca com aquela informação, sentamos no lugar habitual onde Killer já deixava reservado para nós.

- Eu não fico muito contente em tê-lo em nossa casa, mas como ele é diretor da Fundação Portman, eu aceito isso. – Deixei claro para Victória que não gostava dele.

- Pare de implicar com o pobre, ele só deu a informação por que também estava preocupado e acreditou em Derek... Mas por outro lado foi bom... Estamos casados!

Tive que rir, aquilo era verdade, se ele não tivesse dito e Derek ter me ligado, a essa altura, estaria esperando pela boa vontade de minha mãe, que depois de casar-me com Victória, ela nos ignora por completo, papai é o único que me liga, e que sente minha felicidade e que me abençoa, no fundo sei que mamãe faz o mesmo, mas a aceitação é muito difícil para uma cabeça dura como a dela, as vezes me pego pensando em Corine, o que ela deveria estar pensando se estivesse viva? Eu jamais iria saber.

Victória atacou as fatias de Paes e a manteiga, arregalei as sobrancelhas.

- Pelo jeito está com fome!

- Morrendo de fome e ficar do lado da cozinha é uma tortura.

Rimos gostosamente, por que também estava com fome e preocupado ao mesmo tempo.

Não sabia como dar a noticia, mas precisava, pois iria ficar sabendo de qualquer jeito, mas ela foi mais rápida, percebendo minha agitação.

- O que foi?

- Priscila foi presa! – Fiquei olhando para Victória que perdeu o sorri de imediato.

- Como aconteceu? – Disse ela engolindo o pão a pulso.

- Segundo Killer, descobriram um pequeno arquivo de voz no computador de Píer... Ele grita pedindo socorro e depois o disparo.

Victória ficou branca e começou a arfar e se abanar, sai do meu lugar preocupado com seu estado, me abaixei e procurei acalma-la.

- Me desculpa falar assim, mas... Você iria ficar sabendo de uma forma ou de outra!

Victória se agarrou em mim e me olhou com os olhos cheio de dor e lágrimas, pronta para derruba-las.

- Ela confessou que matou Píer?

Confirmei com a cabeça, era o que restava.

- Eu não sei bem do caso, mas á apertaram e parece que surgiram novas evidencias... E. – A olhei, não queria isentar Derek, mas eu não podia mentir para Victória. – Derek está completamente isento disso, ela disse que nunca foi para a cama com Derek, que foi boatos por serem amigos e seu namorado.

- Píer... Ele era tão bom! - E Victória desabou a chorar. – E o menino?

- Está com uma tia mais velha do pai de Priscila, ele está sendo bem cuidado! – Sorri e procurei seus olhos, queria vê-la sorrir. – Vamos?... Não fique assim?

- Eu vou ficar bem. – disse secando os olhos com o guardanapo que estendi para ela.

Depois disso, o almoço se tornou agradável e comemos em paz e conversando e falando de nossos projetos e agenda, tentávamos mantê-las em ordem para não ter desencontros, depois do almoço, segui para o escritório e Victória para o escritório da D'Villa, ela era eficiente, nunca imaginei que Victória chegasse tão alto onde está, mas sentia que pagava um alto preço por ter escolhido se casar com Vincent, meu casamento com Clemence foi o que estragou tudo, eu devia ter me separado antes, ou devia nem ter me casado, pois a felicidade que Victória me fazia sentir, não cabia dentro do meu peito e me sentia tão seguro deste amor que vivíamos, que achava que nada mais de absurdo poderia acontecer.

Dr. Smith chegou na hora programada, mas correu tudo bem durante o jantar, senti que os dois tinha uma amizade muito forte e que o homem era muito preocupado com ela e a tratava como uma filha, não precisava temer algo, ele já estava ciente de que não deveria ter contado a Derek onde poderia estar Victória, mas aconteceu, na saída, Smith disse que estava ansioso pelo nascimento da nossa pequena e que estaria ao meu lado, acompanhando o nascimento de nossa filha, sorri e agradeci o carinho que tem por Victória e agora por mim, e uma nova amizade estava surgindo.


Por Você Parte 3 (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora