Minha Vida

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Chega um momento que as coisas simplesmente têm que mudar, não há mais a opção de permanecer a mesma, a vida te impõe escolhas que significam basicamente o começo e o final de uma forma de viver. Aqueles que amo tenho certeza que sempre estraram aqui para me auxiliar caso precise, entretanto, eu quero ter minha própria vida, claro que eles não me impedem de fazer isto, porém me afastar é uma forma de orgulha-los mostrando que realmente aprendi tudo aquilo que eles passaram toda minha vida me ensinando, sobretudo sinto que me devo a prova de que eu sei ser independente, sem precisar da ajuda de ninguém, apenas sendo eu. De certa forma estou cansada desta vida adolescente: amigas, cursos, escola, preparatórios, etc. Eu quero algo amais, não imagino que estou aqui neste mundo para conhecer apenas uma forma de viver, e me acostumar com a monotonia diária, repetitiva que vejo em me futuro caso nada inesperado aconteça.

Não nasci para amar, estou começando a aceitar, todos os garotos que me interesso tem algo que me faz triste, o ultimo estudava comigo, era alto e magro, tinha cabelos escuros e um sorriso perfeito, porém quando comecei a achar graça em várias coisas que sempre me passaram despercebido, ele começou a namorar, o interior a este meu "amor", só durou uma noite, madrugada para ser mais especifica, já que quando o dia clareou eu vi que no meu peito não havia nada com seu nome, e o que mais me doe é saber que ele gostava realmente de mim, além de ser uma ótima pessoa, possuía um ótimo currículo. A verdade que tudo que eu faço é me negar a oportunidade de construir minha própria família, tendo que lidar com o fato de que quanto mais velha, menor é a variedade de escolha. Ficar aqui me faz imaginar e sentir como se o mundo fosse belo, onde eu não preciso me preocupar com nada, pois meus pais me manterão aquecida no frio, ou fresca no verão, sem que precise batalhar tanto por isso. Porém preciso aprender a viver por mim mesmo, ignorando a sensação de que preciso deles para fazer coisas pequenas.

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Quando cheguei ao Rio de janeiro pude perceber o quanto estava com saudade deste lugar, da minha casa, cama, sobretudo da minha família, principalmente da minha prima caçula, de ouvi-la embolar meu nome ao me chamar, do meu cachorro, enfim eu estava com saudade de tudo: das coisas maiores às menores.

Meu pai estava com um sorriso gigante em seu rosto quando o percebi no meio de todas aquelas pessoas, os olhos da minha mãe brilhavam de felicidade, e também pude ver o mesmo processo acontecer com a família ao lado da minha: a família de Sane.

Almoçamos na casa da minha avó, já que todos estavam desde cedo no aeroporto nos esperando bem antes do horário marcado, pelo que soube às seis da manhã eles se encontravam no nosso local de espera. A comida estava ótima, a mãe do meu pai adorava ter a família em sua mesa, depois que seu marido morreu, ela encontrou em seus filhos formas de lembra-lo e continuar fazendo-o feliz, por isso essas reuniões eram comuns, confesso que sempre gostei, me faziam ser mais próxima das que compartilhavam minha genética.

Quando cheguei em casa foi algo sobrenatural, senti um alívio, uma sensação de "meu". Já havia esgotado os assuntos com os meus pais, pois já havia lhes dito tudo que aconteceu na viagem: os lugares que visitei, as coisas que comi, como era os avôs de Tiago, etc. Então pude ir para o meu quarto abrir minhas janelas e seguir para o banheiro adjacente a ele, tentando cumprir meu cronograma de banhos gelados por dia, entretanto desta vez eu optei pela água escaldante para que meus músculos pudessem relaxar e eu descansar.

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Ao ver meus resultados nos vestibulares, tudo que pude fazer foi pular e gritar, era alta o bastante para escolher entre as melhores faculdades, não eram as faculdades que eu esperava, mas as duas que eu havia passado eram excelentes, entretanto eu estava em dúvida entre dois lugares: SP ou RJ. Lembro-me de quando conversei com avó de Tarso:

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