Família

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Como ele se lembra? Como? COMO ISSO É POSSÍVEL?!

Certo que não sou mestra em feitiços, mas pelo menos esse parecia ter funcionado, quer dizer, ninguém lá na sala estava assustado nem nada assim... Não acredito que perdi a cabeça tão fácil assim. NÃO ACREDITO QUE MEU FEITIÇO FALHOU!

Acho que terei que procurar no livro um feitiço de lavagem cerebral...

Ao chegar à minha nova casa abro a porta e vejo um casal, aparentemente feliz.

"Ahn... Oi?", eu disse e eles fizeram um sinal para entrar.

"Olá, querida. Você deve ser Star Butterfly, não?", a mulher perguntou andando até mim.

"Sim, sou eu... E vocês são Angie e Rafael, certo?", dou um sorriso, eles parecem agradáveis.

"Somos nós! Mas pode nos chamar de senhor e senhora Diaz.", Rafael disse se levantando e correndo até mim, e logo me dando um abraço afetuoso, me lembrando de meu pai... Mas... Espera aí.

"Vo-você disse... Diaz?!", eu perguntei, em meio ao abraço surpresa, devem existir mais pessoas na Terra com o sobrenome Diaz, Né? NÉ? NÉ?!

"Ahn... Sim... Mas por que...", a Srª. Diaz dizia até ser interrompida.

"Mas por que VOCÊ ESTÁ NA MINHA CASA?!", o Sr. Diaz me pôs no chão e eu olhei para trás pensando que aquilo era algum tipo de brincadeira. Mas não era. Era ele mesmo, que começou dizendo isso como um sussurro, mas ao fim virou um baita grito.

"E-ela é nossa nova aluna de intercâmbio mi hijo.", o Sr. Diaz o respondeu e eu olhei-o desentendida.

Ele era filho deles?!

Como assim? Tá certo, eles tem o mesmo sobrenome, mas os pais dele são tão... Legais. E ele não é NADA legal.

"Quer dizer que terei que aturar essa chata na nossa casa E na minha escola?! E se ela matar alguém?!", ele perguntou apontando para mim.

"Para a sua informação, não sou chata, você que é tonto demais e infantiliza as coisas mais simples que se pode imaginar, pensando assim, como uma criança cheia de frescura. E EU NUNCA MATARIA ALGUÉM!!!", não de propósito pelo menos...

"Então o que foi aquilo na sala? Uma tortura dolorosa?!", ele perguntou e eu arregalei os olhos. Droga de feitiço. Droga de varinha. DROGA DE SENTIMENTOS. DROGA DE PRINCESA STAR!!!

"Eu... Não sei do que você está a falar.", eu me controlei ao máximo para não surtar.

"Você sabe muito bem do que eu estou falando!", ele disse alto, e os pais dele só estavam a observar.

"Desculpa, mas eu realmente não sei.", eu disse séria, ele era insistente. "Bom se é para continuar a ficar falando de algo que não sei, acho que vou para meu quarto... Se eu puder, claro.", olhei para a Angie, que assentiu, aprovando meu pedido.

Mas quando eu ia subir as escadas, Marco me segura pelo pulso, o que me faz olhar para ele.

"Não se lembra, não é?", ele deu um sorriso desafiador que eu não compreendi. "Vamos ver se você lembra-se do meu aviso.", ele disse fechando sua mão num punho, que no milésimo seguinte veio em minha direção.

"MARCO, NÃO!!!", ouvi seus pais gritarem, e não me aguentei.

"Ataque da cobra esmeralda!", eu gritei fechando os olhos com força, e um raio rosa saiu de minha varinha.

Ao abrir um de meus olhos para ver o quão errado essa ideia repulsiva tinha resultado, me surpreendi ao ver o braço de Marco amarrado a seu tronco.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora