A Festa - Parte 1

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Ela... E ele... Ela... Do Justin... Gosta... Ele... O que ela acaba de dizer? Foi isso que eu ouvi mesmo? Foi? Ela está só brincando... Né?

Eu paralisei no mesmo instante, eu não acreditava nos meus ouvidos, ela gostava daquele idiota? Mesmo?

"Então... Você não vai explodir? Dar um chilique? Dizer um monte de coisas ruins dele? Nada?", ela perguntou enquanto passava as mãos nos braços, na tentativa de se esquentar.

Chacoalhei a cabeça freneticamente, afastando aqueles pensamentos.

"Vou sim... Se você não for tomar um banho quente logo, porque eu não sei como são as doenças da sua dimensão e eu não pretendo descobrir, muito menos descobrir quais são os cuidados necessários para curar uma princesa mágica.", eu disse com um sorriso brincalhão e ela sorriu tímida com retribuição.

"Tá.", foi tudo que ouvi dela antes de fechar a porta.

Agora com a porta fechada, eu respirei fundo, e enquanto estava á caminho da sala tentei manter a calma.

Só de imaginar o que o Justin poderia fazer com a Star já me fazia entrar em pânico.

Ele pode parecer legal e supergentil, mas isso é só a isca. Para ele, garotas não passam de alvos de pesca, das quais no caso, ele é o melhor pescador, mesmo que sua isca seja barata, ele sempre 'pesca' todas, só para depois corta-las em pedacinhos.

Resumindo: ele é um galinha.

Se a Star já ficou triste por vê-lo com outras garotas sendo que ela nem conversou com ele direito, imagina quando ela achar que eles já são mais que amigos e então vê-lo com outra garota? Ela iria entrar em depressão!

Tenho que fazer algo para abrir os olhos dela antes disso, talvez ela fique meio mal, mas vai ser melhor agora do que quando ela já estiver pensando que passou de nível.

A questão é: como diabos eu vou fazer isso?

Eu não posso simplesmente chegar para ela e dizer: "Ei, Star! Sabe o Justin? Aquele cara de quem você gosta? Então, ele é um galinha.", até porque ela não acreditaria em mim, mas acharia que eu estava apenas pondo defeito nele porque não gosto do mesmo.

Sento-me no sofá e apoio a cabeça sobre minha mão.

Então aí fica a questão: o que eu posso fazer para que a Star saiba que aquele cara é muito mais do que um idiota?

Eu não fazia a menor ideia, mas já que se tratava de uma garota, que ideia melhor do que pedir opinião á uma?

Não demoro nem dois segundos para me levantar correndo e ir ao meu quarto pegar meu celular.

Assim que o peguei, desbloqueei-o com minha senha supersimples: Jarco.

Por quê? Simples. Quando comecei a namorar a Jackie, a Janna era menos... Janna (chata e... Não feminina?). Tanto que ela fazia nomes para casais, e ela deu o nosso de Jarco, e acabou ficando como a minha senha.

... Agora pensando na antiga Janna, até que bateu uma saudade daquela menina legal e gentil que sumiu há um ano (um ano depois do início do meu relacionamento), por que será que ela mudou tanto assim?

Chacoalhei minha cabeça novamente, não podia me distrair agora, muito menos com coisas que eu nunca vou descobrir porque ela não vai me contar já que não é o tipo de pessoa que se abre com os outros.

Volto minha atenção ao celular, nele, entro nas chamadas e disco o primeiro número que havia nos meus registros, a Jackie.

"Hey Jackie!", eu disse meio nervoso, ainda com medo de que ela continuasse brava pela minha lerdeza de hoje de manhã.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora