The Princess and The Bad boy

Mudanças

E como sempre, eu acordei sem sentir aquela coisa estranha, não há nada que uma noite de sono não resolva...

Mesmo assim, não é como se eu tivesse esquecido a sensação, porém, vou ignorar a lembrança dela.

Me espreguiço e troco de roupa, mas como hoje estava calor eu vesti apenas a camisa vermelha de mangas curtas e touca, mas mesmo assim vesti a calsa jeans de sempre.

Fui ao banheiro fazer minhas higienes, e assim que terminei, abri a porta já pronto para acordar a princesinha, mas não foi necessário...

"Oi Marco...", ela disse acenando, estava parecendo um zumbi.

"Wow! O que ouve? Ficou sem dormir de novo?", perguntei a olhando de cima a baixo, ela ainda estava usando a mesma roupa e penteado de ontem.

"Não...", ela disse e bocejou. "Eu só tive um sonho estranho, ou melhor um pesadelo.", ela comentou esfregando os olhos.

"Ok... Agora eu acho melhor você trocar de roupa e escovar os dentes.", eu mencionei como se ela fosse uma pessoa estranha - o que de fato era - e ela se olhou de cima a baixo.

"Ah... Esqueci de me trocar...", ela disse e deu um sorrisinho, achando graça de seu próprio estado.

"Olha, sabe que eu nem notei?", eu disse sarcástico e ela deu um risso falso.

"Engraçadinho.", ela disse e e foi para seu quarto.

Eu sorri e desci as escadas para tomar café, felizmente meus pais não estavam lá, então eu simplesmente cortei dois pedaços de bolo e me sentei.

Logo a Star desceu e estava com o cabeço amarrado num rabo de cavalo, como no dia em que a conheci.

"Bom dia, Marco.", ela disse e se sentou.

"Bom dia novamente, princesa zumbi.", caçoei.

"Hoje você pretende compensar a falta de idiotice de ontem?", ela perguntou revirando os olhos.

"Não, veja só, eu preparei o café da manhã.", respondi convencido.

"Você, cortou o café da manhã, oh, obrigado por isso, não conseguiria viver sem.", ela disse sarcástica e meu bom humor acabou.

"Nada nunca é o suficiente para te agradar, não é?", perguntei me levantando.

"Por que? É isso que você quer?", ela perguntou tentando virar o jogo.

"Não. Só tento melhorar, você bem que podia também.", eu retruquei pegando a mochila.

"Olha aqui, segundo os meus pais a única coisa a ser aprimorada em mim é a minha mágica!", ela retrucou brava.

"Saiba que o papel dos pais não é ser sinceros sobre os defeitos dos filhos.", eu respondo frio e abri a porta. "Agora, senhorita perfeita, podemos ir.", perguntei.

Ela não respondeu, apenas pegou a mochila dela e passou pela porta sem me olhar nos olhos. Eu apenas bati a porta e a alcancei rapidamente.

"Então, e aquele seu tal sonho estranho?", perguntei como se nada tivesse acontecido e ela arqueou uma sobrancelha.

"Você está de brincadeira comigo?!", ela perguntou ainda brava pelo acontecido a uns dois minutos atrás.