Mentiras e Omissões

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"Vamos, Marco... Você é maior que eu! Eu não consigo sozinha!", eu implorava para o moreno que tinha o braço direito em volta de meu percoço.

Ele estava tossindo bem menos, mas eu temia que isso significasse que não havia mais anto sangue para tossir...

Fitei sua face e vi que seus olhos já estavam voltando a se fechar o que fez meu desespero aumentar.

"Marco Ubaldo Diaz! Você tem que ser forte! Entendeu?! Se você é bom para entrar em problemas, você tem que ser bom para sair deles. Entendeu?", eu exigi também tentando me manter forte.

De repente, já na frente dos grandes portões de madeira do castelo, o peso de Marco começa a crescer sobre meus ombros.

A cada segundo meu desespero crescia enquanto eu tentava me manter calma, mas falhava miseravelmente.

O braço dele começou a deslizar do meu pescoço fazendo seu toque e peso se tornarem mais leves, mas infelizmente não de um jeito bom.

"Não, não, não, não, não...", eu murmurava. "Ajuda! Precisamos de ajuda! Por favor!", gritei desesperada vendo Marnco tossir uma ultima vez, já no chão. "SOCORRO!", gritei.

Uma horda de guardas abriram o portão e correram até mim desesperados pensando que eu estava sendo atacada.

Ignorei o fato de que não era nada disso - e a surpresa ao verem que pedi por socorro sendo que não era eu quem estava em perigo - e foquei minha concentração em Marco e ajoelhei-me, repousando sua cabeça em meu colo.

"Ajudem-no rápido!", pedi e eles assentiram sem questionar.

Pegaram Marco e correram para dentro das dependências do castelo, e eu corri atrás deles para não perde-los de vista, esquecendo totalmente do meu cansaço, agora quem importava para mim era o Marco.

Eu seguia os guardas o mais rápido que podia, mas eles eram rápidos de mais para mim, e eu sabia que se parasse para descansar um segundo, não só os perderia de vista como também seria encontrada por algum outro membro da elite que não perderia tempo em contar á minha mãe que saí da Terra.

Então continuei tentando alcançar eles, mas minhas pernas já estavam ficando fracas, mal conseguia senti-las.

Mas para mim aquilo não importava, apenas três coisas importavam: não ser descoberta por minha mãe, garantir minh volta para Terra e ver olhos de Marco se abrirem novamente.

Pensando somente em meus objetivos, esqueci de pensar nos pontos importantes de como chegar a eles, mais especificamente: esqueci dos meus limites.

Eu havia acabado de batalhar usufruindo de magias poderosas que desgastam muito a energia de meu corpo e agora estava correndo. Não demorou nada para que minha visão ficasse turva e minhas pernas tropeçassem em si mesmas fazendo-me cair desacordada no chão.

...

"Pode me explicar os motivos de seu estado?!", escutei uma voz feminina e firme perguntar indignada á alguém.

"Nã-Não sabemos minha rainha, apenas a encontramos assim em...", uma voz tremula e masculina respondeu, aparentemente com medo das ações da mulher.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora