Entre a, Vida a Morte e...

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Abro os olhos vagarosamente, sentindo uma forte dor de cabeça que ainda me deixava tonta e com a visão turva.

Onde eu estava?

Mesmo com a visão desfocada e a tontura me impedindo de levantar-me e andar firmemente eu virava a cabeça cuidadosamente e só via branco, como se uma luz estivesse em frente aos meus olhos e... Espera...

Eu estava morta?

Mas se eu estava morta e só vejo branco, sinto dor de cabeça e mal consigo enxergar então... EU AINDA ESTOU MORTA!!!

Por Mewni! O que foi que eu fiz?! Não me lembro de nada depois da discussão com minha mãe no corredor...

Forço minha mente para tentar me lembrar de algo, mesmo que isso só piorasse a maldita dor de cabeça era preciso ser feito.

As memórias vão voltando aos poucos, lembro-me de ver Marco cheio de feridas em uma maca logo de manhã e... Ter curado ele sendo que minha mãe disse para não o fazer...

STAR SUA IDIOTA!!!

Se eu não tivesse curado o tonto do Marco eu não estaria morta e poderia vê-lo novamente depois de certo tempo, mas não! Eu tinha que ser burra o suficiente para não ouvir minha mãe ou minha mente, e seguir a porcaria do meu coração, e agora eu estou morta! Ótimo!!!

Já me sentindo melhor cruzo os braços frustrada e faço bico; fico nessa posição até me acalmar – não totalmente, claro – e me ponho a pensar: E agora? Como vou sair dessa?

Esperneio como uma criança birrenta irritada comigo mesma, viro-me e deito bruços, ainda brava.

Logo que percebo o que estou a fazer dou um sorrisinho, estou quase pior que o Thomas...

Meu ar de piadista logo acaba ao perceber o que eu havia pensado, o Tom! É óbvio!

Ele me disse uma vez que tinha que representar o submundo nos julgamentos do "juízo final" ao completar quatorze anos, e ele já tem quatorze! Se ele tem a idade para representar o submundo no julgamento e eu estou morta então...

"Tom!!!", chamo me levantando exaltada, nunca ficaria tão feliz em ver aquele demônio como agora. "Thomas!!!", continuei na tentativa de chama-lo e escutei passos calmos, mas...

Não foi ele que respondeu ao meu chamado...

"Thomas Lucifer não está aqui agora, princesa... Mas você pode tentar deixar um recado.", informou ele com uma voz fria e debochada.

"Não...", sussurrei á mim mesma virando-me para trás, de onde a voz vinha.

Fiquei pasma ao encara-lo novamente, e a primeira lembrança que me veio á mente foi a frase que munha mãe repetira diversas vezes.

Aquele maldito par de olhos âmbar.

"Qual o problema princesa? Parece que viu um fantasma.", ele debochou e eu me perdi em emoções.

Não sabia o que deveria sentir, raiva por saber toda a verdade e ele ser o culpado por tudo isso, medo do que ele poderia fazer comigo, surpresa por vê-lo vivo; para ser sincera nem sei se deveria sentir algo, estava morta, não tinha porque temer.

...Ou tinha?

"Mas você... Eu... Minha varinha...", tentava com todas as minhas forças formar uma frase, sem sucesso algum.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora