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Especial: Universos Paralelos: Parte Final

Eu estava pasma. Como ela havia percebido?

Não foi necessário nem uma ordem ou comentário da velha rigorosa para nos vermos cercadas por vários daqueles soldados acinzentados. Não havia saída.

Ou pelo menos era o que eu achava...

"Ahn... É... EXPLOSÃO NARVAL!", ouso Lady que se encontrava encostada em minhas costas, virada para o lado oposto ao meu. "Vamos!", ela exclamou e eu me virei já correndo.

Notei que uns três soldados daqueles estavam caídos no chão, mas o que me chamou a atenção, finalmente me trazendo para a realidade, foram dois narvais jogados no chão.

"Você está com a minha varinha?!", perguntei alarmada enquanto corria com ela à minha frente.

"Não! Essa é a minha a sua está...", ela iria dizer algo, mas foi interrompida pela voz antiga da diretora do reformatório.

"Espero que não precise de um brinquedinho velho como este!", ela exclamou, e já imaginando do que se tratava, virei-me para trás, mas não deixei de correr.

Ela segurava minha varinha com um pano em torno de do cabo, e continha um sorriso convencido e vitorioso em seu rosto.

Parei instantaneamente, virei-me para trás, e comecei a correr em sua direção, porém, antes que eu sequer pudesse dar dez passos, alguém segurou pulso com força, me impedindo, e isso me fez sentir uma dor tremendamente forte, porém reprimi a vontade de gritar de agonia e as lágrimas, e as duas únicas que ousaram cair, eu limpei rapidamente e delicadamente, evitando fazer com que a mão que estava livre doer muito mais assim como a outra.

"Não pode ir para lá!", Lady alerta enquanto corre.

Viramos no segundo corredor à direita e perdi a bruxa de vista, consequentemente, a localização de minha varinha.

"Mas minha varinha está com aquela BRUXA! E eu não se se você notou, mas ela está ou pelo menos estava naquele salão.", eu retruquei extremamente brava. "Ah é... Esqueci... NÃO É VOCÊ QUE PRECISA DELA PARA VOLTAR PARA CASA, ENTÃO ISSO NÃO TEM IMPORTÂNCIA PARA VOCÊ!", eu gritei finalmente, empurrando-a e reprimindo um segundo grito que desta vez seria de agonia, então nós paramos de correr.

Pensei que ela simplesmente começaria a chorar e dramatizar cada palavra minha, mas na verdade...

"Você está DE BRINCADEIRA COMIGO?!", arregalei os olhos com sua reação, ela parecia comigo quando estava brava, e não quero dizer fisicamente, mas sim psicologicamente, o nível de sua raiva parecia realmente alto, até mais alto de quando eu disse que ela não se importava. "PENSE DIREITO PELO MENOS UMA VEZ NA SUA VIDA! E NÃO VENHA ME DIZER QUE SEMPRE PENSA DIREITINHO PORQUE SOMOS A MESMA PESSOA, E EU TENHO CERTEZA DE QUE QUANDO VOCÊ SE EXALTA NÃO PENSA SEQUER UMA VEZ ANTES DE FAZER ALGO! ENTÃO PERMITA-ME SER REALISTA E FAZER ISSO POR VOCÊ!", ela disse a última frase cínica.

Deu então cinco passos em minha direção e eu dei três passos para trás, até sentir minhas costas encostarem-se à parede, estava sim com um pouco de medo, eu sabia o que aquela varinha era capaz de fazer quando seu portador estava zangado.

"Em primeiro, eu sei muito bem que feitiço você utilizou. O que você faria ao pegar a varinha? Hein?! HEIN?! 'Oh, olhe para mim, eu tenho uma varinha, que no momento, ela é inútil para me ajudar a voltar para casa.', você apenas seria pega! IDIOTA! E caso você não fosse, não conseguiria voltar para casa! E claro, mesmo que conseguisse, VOCÊ NÃO PODERIA IR SEM O MARCO!", ela começo e foi aumentando o tom de sal voz, fazendo com que ao fim de sua fala, já estivesse gritando o mais alto possível.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora